quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Já acabou

Não durou muito a greve dos jogadores do River. Depois de 2 dias sem atividades, os jogadores voltaram ao trabalho após uma reunião com o supervisor do clube.

Na oportunidade também foi anunciada a saída do técnico Vica, do volante Gikmak, do meia Cleitinho e do artilheiro Eduardo.

Teto sensível

Ontem ocorreu a fraquíssima cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio 2016. Muito fraca artisticamente falando, mas com algumas imagens bem fortes, emocionantes. Gostei do voo inicial de um atleta na cadeira de rodas.  Fiquei com o coração na mão na hora do revezamento da tocha olímpica, quando uma das atletas foi ao chão naquele toró que desabava no Rio na hora. Gostei da mensagem na hora de Clodoaldo acender a pira. Gostei dos fogos.

Sobre os fogos, a coluna Radar da Veja dessa semana trouxe a informação de que o teto do Maracanã sofreu com a queima de fogos da Olimpíada. O teto, que já precisara de reparos na ordem de R$ 16 milhões depois da queima da final da Copa 2014, que durou 3 minutos, ainda está tendo os reparos da Olimpíada Rio 2016 avaliados.

Imaginem o novo estrago depois de ontem! O governo do Rio pediu ao Comitê Olímpico que só devolva o estádio daqui a 2 meses, quando os consertos estiverem prontos. A bolada agora deve, no mínimo, dobrar.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Reação unânime

De domingo para cá, com quem eu encontro que seja torcedor do América, a narrativa é uma só: todos saíram da Arena das Dunas depois de América 0x1 Cuiabá com muita raiva.

Um chegou a me dizer que teve medo de ter um infarto de tanta raiva que sentiu. Este, inclusive, garantiu que não vai ver a despedida contra o Confiança porque teme que o América dobre a meta de raiva nesta partida e ele não escape do infarto desta vez.

O futebol tem esse poder de desencadear reações tão extremas. Vamos rezar para que o América não agrave a condição de saúde de ninguém no próximo sábado.

Surpresa e decepção

Com o pretexto de ver uma amiga desfilar pela Marinha, voltei a um desfile militar aqui em Natal. Quer dizer, agora é cívico-militar.

Confesso que me surpreendi e me decepcionei. Fiquei surpresa com o número de pessoas que ainda comparecem ao desfile. Calor escorchante em Natal (estou com o pescoço queimado; tenho que me acostumar que agora estou de cabelo curto), e ainda assim muitas famílias acompanhavam a passagem de escolas e forças armadas. Também me surpreendi com o número de escolas que desfilaram. Perdi as contas.

A decepção veio por dois motivos. O primeiro por achar que a parte cívica do desfile deveria ser mais alegre, alegórica, quase escola de samba mesmo. O que vi foram pessoas, crianças e adolescentes em sua maioria, de cara amarrada, marchando, tais quais militares querendo intimidar inimigos. A independência de um país é motivo de alegria. E se é para as escolas imitarem os militares, nem precisam mais desfilar.

O segundo motivo ficou com os militares mesmo. Poucos grupamentos, poucos veículos, grandes espaços entre uns e outros. Enfim, o desfile nada lembrou a grandeza de outrora. Tanto que saí mais cedo, logo após a PM mostrar uns dois pelotões.

Também tive pena de alunos cujas escolas determinaram algumas fantasias abafadas e pretas. Gente, a cor preta é a pior para enfrentar o sol, pois é a que mais absorve o calor, desgastando muito mais quem desfila. Além disso, as roupas eram pesadas, dos pés à cabeça. Coitados desses alunos. 

Outras escolas tiverem bom senso e fizeram uniformes brancos, muito bonitos, por sinal.

Apesar de um desfile bem menor do que a tradição de minha época de criança, a interdição atingiu muito mais ruas e transformou a minha saída numa verdadeira batalha. Até agora não entendi a desproporção.

Quem sabe um dia não tenhamos um evento do tamanho que o nascimento de uma nação merece?

Tem estrela

Dizem que o trabalho de Tite começou na Olimpíada. Teria sido ele o conselheiro de Rogério Micale, dando orientações fundamentais para que a Seleção deslanchasse rumo ao ouro.

O que não se pode negar é que Tite tem estrela. Bastou ser anunciado e a Seleção Brasileira conquistou o inédito ouro em olimpíadas. Estreou e o Brasil engatou duas vitórias seguidas nas Eliminatórias, coisa que não acontecia há muito tempo. O Brasil subiu da sexta para a segunda colocação

Há quem diga que a safra não é ruim como se dizia. Alto lá! Perceberam quantos dessa nova formação estavam naquele papelão que foi a Copa 2014? O maior sinal de que a safra não é grande coisa é essa constante reformulação de 2010 para cá. A Seleção encontrou pelo menos um time a partir da Olimpíada. 

Outra coisa: é nessa situação de safra ruim que o trabalho do treinador é ainda mais exaltado. Se ele não souber organizar as coisas, o time não se firma nunca.

Com Tite o Brasil parece ter achado um time. E isso é um grande alento depois de anos de mediocridade.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Desafinado

O discurso já não anda tão afinado no América. Ontem, o técnico Diá afirmou que os treinamentos desta semana seriam fechados porque o treinador do Confiança Roberto Fernandes conhecia muito o América (uma justificativa que mais parece uma piada).

Hoje o atacante Luiz Eduardo negou que o motivo seja esse, conforme publicou o Globoesporte.com, e acrescentou:

"A gente quer levar o nosso nível de concentração ao máximo. Então, a diretoria e a comissão técnica optaram por fechar os treinos. A gente quer fechar ainda mais o grupo, porque temos jogadores ainda novos e se adaptando ao time. A gente treina para se aperfeiçoar e quando chegar no sábado, buscar a vitória. Já fechamos alguns treinos em outros momentos delicados e que a gente precisava de concentração. A comissão entendeu que o momento seria bom para fechar os treinos, para o grupo trabalhar mais forte ou treinar algumas situações que possam surgir. Tudo é válido e o intuito é sempre positivo na competição."

É bom lembrar que na final do estadual a diretoria determinou que os treinos fossem fechados. De todo jeito, é menos vexatório que o motivo tenha sido modificado, ainda que um jogador tenha desmentido o treinador.

Mas, cá para nós, isso mais parece uma precaução contra protestos de torcedores.

Greve na Série C

Os jogadores do River, primeiro rebaixado do grupo A da Série C 2016 ao perder por 2x0 para o ABC, anunciaram nesta terça que estão em greve até receberem pelo menos um dos três meses de salário em atraso.

A greve inclui a possibilidade de os jogadores não entrarem em campo para enfrentar Salgueiro e Cuiabá nas duas últimas rodadas da fase de classificação.

A situação do River pode ficar bem pior se perder uma partida por W.O.. É mais um caso daquela máxima: "além da queda, coice."

Six nothing

After beating St. Vincent and the Grenadines (6-0), the US Men's National Team is close to advancing to the final round of Concacaf qualifying of FIFA 2018 World Cup, which will take place from November 2016 to October 2017. 

Tonight's match against Trinidad and Tobago will determine the USMNT's future in the competition.

Tim Howard will be back as the goalkeeper Tonight.

See the highlights of the previous match, when the USMNT beat St. Vincent and the Grenadines, and the expectations for tonight's match.





ABC já está classificado

Sem ter como verificar as possibilidades dos confrontos das últimas rodadas do grupo A e apenas olhando para a pontuação, publiquei que o ABC ainda não estava classificado, embora pudesse garantir o primeiro lugar já na próxima rodada.

Conferindo agora com mais detalhes, de fato, o ABC foi a primeira equipe do grupo A a se garantir na próxima fase. Vejamos.

O ABC é o primeiro colocado com 28 pontos, 8 vitórias e saldo 9. Ele só perderia a vaga se todos os que estão entre o 2.° e o 5.° lugares pudessem superá-lo. 

Fortaleza e Botafogo-PB, que têm 26 pontos, superariam o ABC com apenas uma vitória, se o alvinegro não pontuasse mais. 

Já Remo e ASA, que têm 24 pontos, precisariam de 2 vitórias para superar o ABC, uma vez que este venceu 8 partidas e aqueles, 6.

Nas duas últimas rodadas, temos os seguintes confrontos envolvendo essas equipes: na penúltima, Fortaleza x Remo, ASA x Botafogo-PB; na última, ABC x ASA, Remo x América, Botafogo-PB x Fortaleza.

Percebam que o fato de Botafogo-PB e Fortaleza se enfrentarem na última rodada impede o que se chama tempestade perfeita contra o ABC: Remo e ASA venceram as duas rodadas e Botafogo-PB e Fortaleza vencerem na última. Essa seria a única configuração a tirar a vaga do alvinegro.

Ou seja, o ABC agora vai se dar ao luxo de escolher sua posição e até, quem sabe, dependendo do grupo B, o adversário da próxima fase. 

São duas rodadas para Geninho montar seu time para a disputa do ano: voltar para a Série B.

Planejamento passa por técnico

Há anos bato na tecla de que é preciso contratar um técnico com convicção. É ele quem vai montar o elenco, ainda que apenas indique as características que precisa nos jogadores a serem contratados. É ele quem vai estudar os adversários, montar a melhor estratégia e escalar os jogadores.

Pensei que o América havia superado essa fase também há anos. Desde 2011, a maior parte dos treinadores foi contratada com convicção. De cabeça, lembro de Flávio Araújo, Roberto Fernandes e Oliveira Canindé como exemplos de uma forte convicção. Esses treinadores só caíram depois de muitos resultados negativos. Flávio Araújo, por exemplo, só caiu porque entregou o cargo.

Essa continuidade traz estabilidade e economia para uma equipe de orçamento apertado, como tem sido o América nos últimos anos. Afinal, a cada troca, novas dispensas e contratações praticamente jogam o trabalho anterior no lixo e comprometem ainda mais os parcos recursos.

Já na eleição, Beto Santos dava mostras de que não entendia que um treinador deveria ser contratado por convicção. Aliás, ninguém, seja jogador, treinador, diretor... Segundo o então candidato, ninguém teria lugar cativo no América e quem não rendesse logo, rua.

Era claro que uma política assim não funcionaria. Olhem bem, escrevo isso antes do fim da fase de classificação da Série C 2016. O América ainda tem remotíssimas chances. A classificação pode cair do céu ainda. Só que é preciso apontar agora um novo caminho, porque se essa classificação vier, certamente os erros serão encobertos.

Como construir um trabalho que seja produtivo se o presidente contrata um profissional que teria sido (há controvérsias) treinador apenas no longíquo ano de 1993 num campeonato praticamente de várzea? E ainda se recusa a apontar a sua convicção no trabalho dessa criatura? 

O mundo todo sabia que seria apenas uma questão de rodadas para a queda do Guerreiro. Nem um turno do estadual completou. É assim que se planeja um acesso para a Série B numa Série C cada vez mais difícil?

Macuglia chegou e com ele, apesar de bom profissional, o fantasma de tudo o que ocorreu em 2009. Mais uma contratação do tipo "sarna para se coçar". Como o América sofreu! Nem da primeira fase passou na Copa do Nordeste.

Enquanto isso, nomes de ex-treinadores que eram lembrados ao presidente eram solenemente desprezados: Roberto Fernandes e Flávio Araújo eram muito caros; sobre Oliveira Canindé, talvez em outra oportunidade (só para constar, Oliveira acabou de subir com o CSA. Ele perdeu o estadual para o rival CRB, mas foi mantido). Melhor mesmo foi abrir mão de uma preparação para a Série C que vinha chegando e do bicampeonato estadual para esperar um treinador que mais parecia aqueles anúncios sobre fiado nas velhas bodegas: "só amanhã". E esse amanhã nunca chegava.

Mas a Série C chegou. E com ela mandou-se um tal cheiro de podridão dos vestiários embora. Será? A convicção agora era o treinador que acabou em 7.° lugar no grupo A do ano passado - forte indicativo do destino americano. Um novo elenco. Duas vitórias. Mas o que se faz sem convicção não dura. E Sérgio China caiu com 6 rodadas.

Veio Diá, que não era o favorito, mas virou sonho de consumo desde o meio do estadual. O próprio treinador tirou sua carta de garantia: "o meu forte é montar equipes." Mas o campeonato já havia começado. Entretanto, contratações e dispensas seguem diuturnamente. Agora foi Brendo emprestado. Chegaram à conclusão de que Caaporã é mais valioso no elenco.

A convicção em Diá veio na hora errada. A menos que o América já o visse como treinador para 2017. Só isso justificaria o que vem ocorrendo. Porém nem tudo é tão óbvio no América. Diá deu entrevista dizendo que não sabe se fica em 2017.

Beto Santos ainda tem um ano, pelo menos, de administração. Será que aprendeu com as cabeçadas deste ano? Será que a desgraça de 2016 foi suficiente para ele entender que é preciso ter convicção no trabalho do treinador? Que o dinheiro gasto num bom treinador não é gasto, e sim investimento? Que montar pelo menos um time no estadual é economia na hora da Série C? Que a melhor estratégia é reforçar esse time do estadual e não anunciar que esse time não continuará para o Brasileiro?

Houve muitas outras lições neste ano: mais respeito ao sócio, mais carinho à torcida, que está sempre ali, pronta a atender o chamado do América...

Enfim, não há mágica no futebol, especialmente num futebol pobre como o do RN. O que me dói é a perspectiva de uma temporada horrorosa como a atual não ter servido nem para que se entenda como não se deve fazer futebol.

Haverá planejamento de verdade para 2017?