Eram favas contadas. Pelo tempo que o América esperou por ele entre abril e maio e com seu repentino pedido de demissão na última segunda-feira, todo mundo já sabia que Francisco Diá voltaria para o Orgulho do RN. Pena que foi preciso o clube perder dois pontos dentro de casa e mais uma semana de trabalho para enfim fazer o anúncio.
Esta será a quarta passagem de Diá pelo América. De longe, a mais vitoriosa foi em 2009, quando levou um time em frangalhos e que estava em 19.° lugar à improvável permanência na Série B.
Em 2010, Diá, depois de ir para o Mogi Mirim, voltou ao América. Não vou me lembrar o número pequeníssimo de partidas em que ele dirigiu o time rubro, mas o que é ruim fica marcado. A perda do título do 1.° turno do estadual para o Coríntians-RN com aquela história de não seguir no ônibus da delegação, mas num carro à parte ninguém engoliu. E depois o vexame contra o São José-AP, sendo o América eliminado por uma equipe quase amadora em pleno Machadão.
Em 2011, Diá mais uma vez assumiu o América, dessa vez durante a montagem do elenco para a Série C. Mas a pressão do que ocorrerá em 2010 e a goleada sofrida (5x0, salvo engano) para o Santa Cruz-PE, então na Série D, lá no Nazarenão derrubou o treinador ainda na fase de preparação da equipe
De lá para cá, a cada demissão de técnico no América, seu nome surgia como possível contratado. E neste ano, com o belo início de temporada do Campinense (Série D), tanto no estadual, na Copa do Brasil, como na Copa do Nordeste, a torcida americana parece que foi esquecendo a birra com o técnico e começando a aceitar melhor seu nome.
De minha parte, sempre reconheci em Diá um olho clínico para jogadores. Consegue achar talento onde ninguém mais vê. Como treinador, o Campinense talvez seja a maior prova de sua evolução. Até onde ele evoluiu nós vamos descobrir a partir de amanhã.
Não será nada fácil. Diá pega um elenco quase que em pé de guerra com a torcida. Por sinal, parabéns a quem permitiu que torcedores invadissem o campo de treinamento para conversar com jogadores durante a semana. A ladainha dos jogadores nas entrevistas pós-jogo era uma só: "tá difícil aguentar isso aqui (vaias da torcida)", "a torcida não tem mais paciência e isso nos atrapalha", e por aí vai. Foi o que captei de Elias, Thiago Potiguar e Reis ontem, especialmente os dois primeiros.
Quanto à qualidade do elenco, posso estar enganada, mas não vejo o América com uma equipe ruim. Vejo sim um time desorganizado, que corre errado e, por isso, cansa demasiadamente no segundo tempo. Vejo paciência demais com estrelas e total impaciência com formiguinhas batalhadoras.
Não se pode negar que o caldeirão que virou o América como um todo não esteja interferindo em campo. Vamos torcer para que Diá seja mais forte do que tudo isso e, mais rápido do que imediatamente, como dizia meu saudoso avô, recoloque o América no trilho que merece: o das conquistas tidas como impossíveis, típicas do mandante temido e rei dos acessos no Brasil como sempre foi da natureza do Orgulho do RN.
Em 2010, Diá, depois de ir para o Mogi Mirim, voltou ao América. Não vou me lembrar o número pequeníssimo de partidas em que ele dirigiu o time rubro, mas o que é ruim fica marcado. A perda do título do 1.° turno do estadual para o Coríntians-RN com aquela história de não seguir no ônibus da delegação, mas num carro à parte ninguém engoliu. E depois o vexame contra o São José-AP, sendo o América eliminado por uma equipe quase amadora em pleno Machadão.
Em 2011, Diá mais uma vez assumiu o América, dessa vez durante a montagem do elenco para a Série C. Mas a pressão do que ocorrerá em 2010 e a goleada sofrida (5x0, salvo engano) para o Santa Cruz-PE, então na Série D, lá no Nazarenão derrubou o treinador ainda na fase de preparação da equipe
De lá para cá, a cada demissão de técnico no América, seu nome surgia como possível contratado. E neste ano, com o belo início de temporada do Campinense (Série D), tanto no estadual, na Copa do Brasil, como na Copa do Nordeste, a torcida americana parece que foi esquecendo a birra com o técnico e começando a aceitar melhor seu nome.
De minha parte, sempre reconheci em Diá um olho clínico para jogadores. Consegue achar talento onde ninguém mais vê. Como treinador, o Campinense talvez seja a maior prova de sua evolução. Até onde ele evoluiu nós vamos descobrir a partir de amanhã.
Não será nada fácil. Diá pega um elenco quase que em pé de guerra com a torcida. Por sinal, parabéns a quem permitiu que torcedores invadissem o campo de treinamento para conversar com jogadores durante a semana. A ladainha dos jogadores nas entrevistas pós-jogo era uma só: "tá difícil aguentar isso aqui (vaias da torcida)", "a torcida não tem mais paciência e isso nos atrapalha", e por aí vai. Foi o que captei de Elias, Thiago Potiguar e Reis ontem, especialmente os dois primeiros.
Quanto à qualidade do elenco, posso estar enganada, mas não vejo o América com uma equipe ruim. Vejo sim um time desorganizado, que corre errado e, por isso, cansa demasiadamente no segundo tempo. Vejo paciência demais com estrelas e total impaciência com formiguinhas batalhadoras.
Não se pode negar que o caldeirão que virou o América como um todo não esteja interferindo em campo. Vamos torcer para que Diá seja mais forte do que tudo isso e, mais rápido do que imediatamente, como dizia meu saudoso avô, recoloque o América no trilho que merece: o das conquistas tidas como impossíveis, típicas do mandante temido e rei dos acessos no Brasil como sempre foi da natureza do Orgulho do RN.