Fim de temporada para o América. Mesmo goleando o Botafogo, o Orgulho do RN dependia de um resultado desfavorável do Confiança contra o Salgueiro, o que não ocorreu. Como eu já dizia desde a derrota para esse mesmo Confiança, as avaliações para a próxima temporada já deveriam estar mais ou menos encaminhadas nesta semana, o que evitaria cabeça quente nas decisões.
É preciso manter uma base. Nenhum trabalho pode render algo tendo que todo ano partir do zero. Já me manifestei a respeito da manutenção de Roberto Fernandes, um treinador muito acima da média e totalmente identificado com o América.
A campanha em si do América foi boa. Invicto em casa. 7 vitórias e 2 empates. O empate com o Salgueiro, em duas falhas de Busatto, terminou comprometendo a classificação. Muitos vão apontar a derrota para o Icasa. Mas a obrigação de toda equipe é de encher os olhos de sua torcida. E ir para a Arena das Dunas neste ano foi sempre um programa animado.
Confiança, Fortaleza e ASA apostaram na manutenção de suas bases e de seus treinadores. Mérito maior ainda do Confiança, que veio da Série D. Se não deu certo para o América, é porque os outros foram melhores. É hora de avaliar pequenos erros no elenco para um 2016 que seja de alegrias do início ao fim do ano. A demora na troca do goleiro, por exemplo, teve um custo alto. A saída de Daniel Costa tirou do América o super poder de fogo nas bolas paradas. Foi com esse poder de fogo que o Fortaleza venceu muitos de seus jogos, inclusive contra o América na Arena Castelão.
É natural que alguns jogadores saiam. Judson parece ter proposta de Série B. Deve ser o mesmo caminho de Max. As apostas deram frutos e certamente darão ainda mais resultado em 2016. Álvaro, Maguinho, Mateusinho são boas opções até como titulares. Gláucio ficou devendo. Pelos contratos, Cascata e Luiz Eduardo permanecem.
Lógico que a parte financeira deve pesar, mas um bom elenco começaria com Pantera e Renan Rocha (goleiros); Cléber, Zé Antonio Potiguar e Flávio Boaventura (zagueiros); Maguinho, Nininho e Arthur Henrique (laterais); Cascata, Bruno Farias, Thiago Potiguar, Álvaro, Mateusinho (meias); Reys, Luiz Eduardo e Adriano Pardal (atacantes). Faltam volantes. Zé Antonio Paulista ficou meio sem clima depois do papelão em Sergipe. Não sei quantos podem ficar, mas é preciso manter uma base.
Bob também pode aprender que Cascata sozinho não aguenta o tranco e que também pode ser substituído quando estiver mais errando do que acertando.
No mais, tudo isso são coisas do futebol. E numa competição não há como ganharem todos.
Cabeça fria agora pode fazer a diferença em 2016.