(Fotos minhas)
Não posso responder com profundidade a pergunta do título porque não faz nem 13 horas que eu a vi no palco do Teatro Riachuelo.
Na verdade, sempre nutri uma curiosidade de saber quem era Tulipa Ruiz. Nome diferente e sempre bons comentários de quem já a ouviu. Mas eu nunca ouvira uma música sua antes. Não que me recordasse.
E daí? Adoro essas aventuras musicais de ir a um show sem saber o que vou encontrar pela frente. E não me arrependi.
Gente, Tulipa Ruiz tem uma capacidade vocal impressionante! Sim, ela tem voz para música, mas de que isso adiantaria se ela não tivesse capacidade vocal? Ela seria mais uma na multidão. O que essa mulher faz com a voz arrepia a alma dos que têm o prazer de acompanhar seu talento ao vivo (as gravações não fazem jus ao que se presencia in loco, exatamente o que ocorre com as orquestras sinfônicas).
Não bastasse esse pequeno detalhe, Tulipa tem presença cênica, como esperado de grandes intérpretes. Não há lugar comum em sua performance. Absolutamente encantadora.
Tulipa consegue emocionar com o potencial de Gal Gosta, a interpretação de Maria Bethânia, o lirismo de Marisa Monte e a performance de Baby Consuelo (ou Baby do Brasil). Mas não estou sendo justa com as comparações. Tulipa não é Gal, Bethânia, Marisa ou Baby. Tulipa Ruiz é original, sem qualquer traço de imitação. A comparação é só para mostrar o misto de sensações que me invadiu quando seu show começou.
Para completar, ela compõe suas músicas. Pronto. Virei fã. Fui a um show zerada, como ela bem comentou numa passagem, e saí de lá direto para a lojinha para comprar seus 3 CDs.
O show Dancê faz jus ao nome. Dá vontade de dançar no estilo soltar a franga mesmo do início ao fim. Nas lentas, o impacto é profundo com a interpretação da artista. Sensacional. Segue abaixo um vídeo da música de trabalho do álbum que dá nome ao show. Já alerto que ele não traz nem metade do que se sente na hora, mas vale para conferir a dançante Proporcional.