Em nome de audiência na Copa América 2015, a CBF determinou uma pausa de aproximadamente 20 dias na Série C do Campeonato Brasileiro. A pausa é um alívio para quem conta com novos contratados ainda fora de forma ou com problema de documentação e também para quem tem atletas em recuperação no departamento médico. Mas para quem vinha embalado na competição, como o Fortaleza, a pausa é causa de angústia, ante a certeza de que o entusiasmo cai e os outros participantes vão mexer no que não está dando certo.
No caso do América, imagina-se que a pausa, tecnicamente falando, seja perfeita para que Roberto Fernandes ajuste a atuação tática de seus comandados. O que pega é a interrupção na entrada de recursos financeiros, já que o time, em virtude da tabela, só joga em Natal no mês de julho, muito mais tempo do que os 20 dias da pausa. E assim 3 jogadores, 2 deles considerados importantes, foram embora logo no início do recesso. Permanece um certo clima de que outros também vão.
Portanto, se física e tecnicamente a pausa deveria ser comemorada, no aspecto financeiro, ela ameaça firmemente a caminhada do alvirrubro centenário de Natal em direção à Série B e deixa a torcida em terrível angústia a respeito do que virá pela frente.
De bom mesmo, temos a possível volta de Marcelinho, lateral direito cirurgiado e que, se voltar a jogar o que sabe, pode cair como uma luva na linha defensiva de 4 que Bob agora adota. Talvez ele já possa atuar no dia 12/07, quando o Mecão volta à Arena das Dunas enfrentando o Cuiabá.
De todo jeito, a volta dessa pausa ainda promete ser mais ingrata para o América, vez que enfrenta em sequência e fora de casa os fortes Vila Nova e Fortaleza. Qual a mágica que será feita até lá só a diretoria e Bob sabem.