Principalmente neste jogo de quarta-feira, que será no (péssimo) gramado do Nogueirão, o foco do América deve estar completamente voltado para as finais do campeonato. Nada de utilizar quem esteja lesionado ou tenha maior risco de lesão. É hora de colocar quem precisa ganhar ritmo de jogo, com exceção de Adriano Pardal, cujo histórico recente de lesões é um sinal vermelho para o estádio de Mossoró.
Também não adianta pensar em levar só gente da base porque isso pode causar enorme prejuízo em termos de imagem.
Outro detalhe fica por conta da zaga. Pelo que se tem visto, o América tem duas duplas de zagueiros: Flávio Boaventura e Zé Antonio Potiguar; Cléber e Edson Rocha. Misturá-los não dá certo. Se sair um, melhor colocar os dois reservas.
Acredito que uma boa formação, sem riscos, seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Zé Antonio Paulista (Mateus), Júnior Timbó; Gilmar, Gláucio.
Arthur Henrique já mostraria se ainda sabe jogar como ala e seu ritmo de jogo seria aprimorado. Há a opção de Tiago Dutra, também sem ritmo de jogo. Aliás, ritmo de jogo seria fundamental para Gilmar, Júnior Timbó (que vem melhorando), Zé Antonio Paulista e Tiago Dutra, especialmente se considerarmos que ainda há um outro jogo antes das finais (Alecrim) e que eles figuram como boas opções.
Contra o Alecrim, entraria Pardal como titular e voltariam Max e Daniel Costa. Uma boa formação seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Daniel Costa, Júnior Timbó; Adriano Pardal, Max.
Ainda haveria a opção de tirar mais um volante e colocar Gilmar. Tudo passaria pela experiência de quarta-feira. Mas não é hora de esgarçar a musculatura de quem vem jogando sem reserva à altura. O foco tem que estar 100% voltado para os dois grandes jogos da final do estadual do centenário.
E para quem argumenta sobre a questão de jogar a segunda partida da final em casa ou fora (essa é a única condição ainda em disputa), respondo com a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil do ano passado. O América foi eliminado pelo Ceará jogando a última em casa. E eliminou Náutico, Fluminense e Atlético-PR jogando a segunda fora. Ou seja, isso é besteira. Tudo passa por jogar bem, especialmente em clássico, independentemente de onde seja a partida. Tanto é assim que neste mesmo estadual, o América empatou com o ABC no Maria Lamas Farache e perdeu na Arena das Dunas. Importante mesmo é jogar como se não houvesse amanhã nas duas partidas, o que não ocorrerá com nenhuma das duas equipes. O primeiro jogo será de maior resguardo do que o segundo, seja para o mandante, seja para o visitante.
Isto significa que os jogos anteriores à final, seja para ABC, seja para América, têm tudo para ser no estilo "pra inglês ver". Se bem que normalmente quem não vem jogando regularmente adora essa situação para mostrar que merece uma chance e colocar uma enorme dúvida na cabeça do treinador. E, principalmente, cair nas graças da torcida.
Enfim, todo mundo agora só quer saber das finais. Hora de preparar o elenco.