terça-feira, 21 de abril de 2015

Foco na final

Principalmente neste jogo de quarta-feira, que será no (péssimo) gramado do Nogueirão, o foco do América deve estar completamente voltado para as finais do campeonato. Nada de utilizar quem esteja lesionado ou tenha maior risco de lesão. É hora de colocar quem precisa ganhar ritmo de jogo, com exceção de Adriano Pardal, cujo histórico recente de lesões é um sinal vermelho para o estádio de Mossoró.

Também não adianta pensar em levar só gente da base porque isso pode causar enorme prejuízo em termos de imagem.

Outro detalhe fica por conta da zaga. Pelo que se tem visto, o América tem duas duplas de zagueiros: Flávio Boaventura e Zé Antonio Potiguar; Cléber e Edson Rocha. Misturá-los não dá certo. Se sair um, melhor colocar os dois reservas.

Acredito que uma boa formação, sem riscos, seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Zé Antonio Paulista (Mateus), Júnior Timbó; Gilmar, Gláucio. 

Arthur Henrique já mostraria se ainda sabe jogar como ala e seu ritmo de jogo seria aprimorado. Há a opção de Tiago Dutra, também sem ritmo de jogo. Aliás, ritmo de jogo seria fundamental para Gilmar, Júnior Timbó (que vem melhorando), Zé Antonio Paulista e Tiago Dutra, especialmente se considerarmos que ainda há um outro jogo antes das finais (Alecrim) e que eles figuram como boas opções. 

Contra o Alecrim, entraria Pardal como titular e voltariam Max e Daniel Costa. Uma boa formação seria Busatto, Diogo, Cleber, Edson Rocha, Arthur Henrique; Régis Potiguar, Tiago Dutra, Daniel Costa, Júnior Timbó; Adriano Pardal, Max. 

Ainda haveria a opção de tirar mais um volante e colocar Gilmar. Tudo passaria pela experiência de quarta-feira. Mas não é hora de esgarçar a musculatura de quem vem jogando sem reserva à altura. O foco tem que estar 100% voltado para os dois grandes jogos da final do estadual do centenário.

E para quem argumenta sobre a questão de jogar a segunda partida da final em casa ou fora (essa é a única condição ainda em disputa), respondo com a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil do ano passado. O América foi eliminado pelo Ceará jogando a última em casa. E eliminou Náutico, Fluminense e Atlético-PR jogando a segunda fora. Ou seja, isso é besteira. Tudo passa por jogar bem, especialmente em clássico, independentemente de onde seja a partida. Tanto é assim que neste mesmo estadual, o América empatou com o ABC no Maria Lamas Farache e perdeu na Arena das Dunas. Importante mesmo é jogar como se não houvesse amanhã nas duas partidas, o que não ocorrerá com nenhuma das duas equipes. O primeiro jogo será de maior resguardo do que o segundo, seja para o mandante, seja para o visitante.

Isto significa que os jogos anteriores à final, seja para ABC, seja para América, têm tudo para ser no estilo "pra inglês ver". Se bem que normalmente quem não vem jogando regularmente adora essa situação para mostrar que merece uma chance e colocar uma enorme dúvida na cabeça do treinador. E, principalmente, cair nas graças da torcida. 

Enfim, todo mundo agora só quer saber das finais. Hora de preparar o elenco.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sobre Julinho

Um detalhe que quase passou despercebido foi a entrevista de Roberto Fernandes ontem no pós-jogo. Perguntaram a ele sobre como os laterais do América (especialmente Julinho) "jogaram mal hoje."  Fora do microfone, mas captado pelo microfone da Rádio Globo Natal, alguém retrucou: "só hoje?"

Não sei se foi o próprio Bob que fez tal comentário, mas ele reflete o sentimento em relação a Julinho. Normalmente, laterais têm alguma característica especial: ou são muito bons na marcação ou apoiam com facilidade. Não achei ainda a de Julinho. Talvez seja um bom cruzamento, mas ele é tão lento, seja em reação, seja em velocidade mesmo, que não o vemos cruzar bola alguma.

É melhor Bob escalar um zagueiro por ali, até mesmo o lento Edson Rocha. Faria mais sentido, já que o ex-capitão consegue ser um Airton Senna perto do lateral e leva bem mais jeito na marcação.

Coisas que não consigo entender no RN

  1. Por que a imprensa insiste em chamar aqueles que são flagrados com todo tipo de artefato violento de torcedores? Gente, torcedor é aquele que veste a camisa do seu time, não de uma outra organização, e vai ao estádio exclusivamente para torcer. Quem leva rojão com cacos de vidro e prego e um taco de baseball não é torcedor, nem vai ao estádio para torcer. São, para ficar num termo leve, encrenqueiros.
  2. Por que há gente que só vai ao estádio para torcer contra? O jogo de ontem era América x ABC. Eu esperava ver torcedores do América e torcedores do ABC. Mas o que vi no setor leste foi uma ruma de gente que foi ao estádio somente para torcer contra, seja contra alguns jogadores específicos, seja contra qualquer que um que fosse do América. Certamente isso também existe do lado abecedista, mas só posso falar do que presenciei. Algumas pessoas que estavam ao meu redor não gastaram uma só gota de saliva para vaiar o adversário ou apoiar o América. Elas foram à Arena das Dunas exclusivamente para reclamar. Começou o jogo, começaram as reclamações. Os alvos principais foram Zé Antonio Potiguar, Daniel Costa e Max, mas todos os outros foram alvo de apupos desde o primeiro segundo de jogo. Isso só pode ser gente frustada ou com problema de fígado. É chato, irritante e me faz pensar seriamente até em deixar de frequentar estádio. Futebol é para ser um momento de lazer, e não hora de escutar aporrinhação de quem é mal resolvido com a vida. Ou então é gente de poucos recursos mentais ou que nunca praticou um esporte na vida. O fato é que meu ouvido não é muro de lamentações. Talvez o América devesse disponibilizar um psicológo em dia de jogo para contribuir para um mundo melhor. 
  3. Por que a torcida do ABC exalta tanto o título da Série C como o maior do clube, dizem até o maior da história do futebol do RN, mas enche a boca para gritar para a torcida americana que esta é da terceira divisão como insulto? Fiquei muito confusa: Série C é motivo de orgulho ou de vergonha? Mais coerência, por favor.
  4. Por que o locutor da Arena das Dunas se empolgou tanto com o 1.° gol do ABC? Essa é bem fácil de deduzir, né? Deve ter levado um senhor puxão de orelhas e anunciou pianinho o 2.°.
  5. Por que o América não teve qualquer paciência com Magalhães, mas Julinho é praticamente "imexível"? Melhor jogar com Edson Rocha por ali.
  6. Por que insistem tanto que o ABC quer um camisa 9 se Kayke cumpre a função com louvor?
  7. Por que os clubes do RN não enxergam que é preciso deixar a mensalidade de sócio menor que um ingresso? É preciso criar a mentalidade de associado. Só então o valor pode ser reajustado. 2 mil pagando R$ 50 não empolgam. 5 mil pagando R$ 20 impressionam e melhoram até a negociação de patrocínios. Quanto mais gente no estádio, mais valor para a marca.
  8. Por que não há uma inundação de adesivos com a marca do centenário de América e ABC? Ambos já deveriam ter feito blitzen para distribuir adesivos. O que não é visto não é  lembrado. Aliás, neste aspecto, ponto para o Esporte Interativo, que tem levado o futebol nordestino para todos os cantos do mundo, inclusive em plataforma para celular.
  9. Por que o ABC não leva o seu jogo da final para a Arena das Dunas? Palco de uma copa do mundo, a arena deixa a festa das torcidas ainda mais bonita. Um clássico centenário e de tamanha importância merece local e serviço de primeiro mundo.
  10. Por que os torcedores insistem em assistir ao jogo em pé numa arena com cadeiras ergonômicas? Será que fazem isso no cinema também se o filme for de ação?

domingo, 19 de abril de 2015

Tem dia que não é dia

Ou é. Só que não era dia do América. Era do ABC. O América foi senhor absoluto do 1.° tempo. Mas Max achou de perder 2 gols, um deles de forma incrível. Logo ele, o artilheiro do Brasil.

No intervalo, saiu Zé Antonio Potiguar. Sentiu a perna. É quem faz Flávio Boaventura jogar melhor e segura as pontas com o fraco Julinho, já que tem boa saída de bola. A entrada de Clebão parece que fez o caldo entornar de vez. Gol do ABC.

Na sequência, pênalti para o América. Max na cobrança e... Saulo defende. Não era dia do América; era dia do ABC.

Daniel Costa, em super jogada, chuta e... nova defesa de Saulo. Era dia do ABC; não era dia do América.

Bola simples para Flávio Boaventura, que fazia excelente partida até então. Ele se enrola com Cléber e... gol do ABC.

Definitivamente, não era dia do América; era dia do ABC.

Enfim, o futebol do RN terá uma final digna de suas equipes centenárias. Quem estiver em melhor dia nas duas partidas leva a taça. Simples assim.

Potiguar 2015: América x ABC às 19h

Local: Arena das Dunas (transmissão ao vivo e em HD para todo o Brasil pelo Esporte Interativo)

América (4-4-2): Busatto, Diogo, Flávio Boaventura, Zé Antonio Potiguar, Julinho; Judson, Régis Potiguar, Daniel Costa, Cascata; Adriano Pardal, Max. Técnico: Roberto Fernandes.

ABC (4-3-3): Saulo, Reginaldo, Suéliton, Leandro Amaro, Lima; Fábio Bahia, Michel, Erivelton; Chiclete, Fabinho Alves, Kayke. Técnico: Josué Teixeira.

Árbitro: Dewson Fernando da Silva (FIFA)
Assistentes: Izac Márcio da Silva Oliveira (CBF) e Jean Márcio dos Santos (CBF)

Destaques do América
Daniel Costa - bom nas cobranças de falta e escanteio.
Adriano Pardal - faz sua estreia.

Destaques do ABC
Saulo - tem feito milagres.
Kayke - atacante que não perdoa.

Prognóstico: o América (3.º) tenta conquistar o título já no 2.º turno. O ABC (1.º) quer garantir antecipadamente à vaga na final. Vitória do América.

Potiguar 2015: Palmeira x Globo às 17h

Local: Estádio José Nazareno 

Palmeira (4-4-2): Renato, Augusto, Santos, Cleiton, Frank; George, Nino, Rafael, Galeguinho; Gilkley, Jandir. Técnico: Clegilvan Ferreira.

Globo (4-4-2): Rafael, Glaubinho, Mercinho, Robson, Itto Cruz; Ramon, Jozicley, Rivaldo, Miller; Romarinho, Índio Oliveira. Técnico: Pedrinho Albuquerque.

Árbitro: Suelson Diógenes Medeiros (CBF)
Assistentes: Belchior Ferreira Neto (FNF) e Anderson Fagner da Silva (FNF)

Destaques do Palmeira
Cleiton - chuta forte.
Galeguinho - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Globo
Rafael - tem feito milagres.
Rivaldo - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Palmeira (6.º) apenas cumpre tabela, mas vem surpreendendo no 2.º turno. O Globo (2.º) quer a vaga na Série D. Vitória do Palmeira.

Potiguar 2015: Alecrim x Santa Cruz às 17h

Local: Estádio Manoel Barretto 

Alecrim (4-4-2): Danilo, Olavio, Geilson, Emerson, Diego Maia; Arez, Vitor, Da Lua, Dieguinho; Felipe Moreira, Quirino. Técnico: Anthoni Santoro.

Santa Cruz (4-4-2): Ruan, Klebson, Jonatha, Carioca, Renatinho Carioca; Gleidson, Robson, Júnior Recife, Ila; Cristiano Sergipano, Zé Maria. Técnico: Wassil Mendes. 

Árbitro: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (CBF)
Assistentes: João Henrique Queiroz da Silva (FNF) e Pedro Sanderson Sabino da Silva (FNF)

Destaques do Alecrim
Danilo - tem feito milagres.
Felipe Moreira - bom na movimentação e na finalização.

Destaques do Santa Cruz
Ruan - tem feito milagres.
Cristiano Sergipano - bom na movimentação e na finalização.

Prognóstico: o Alecrim (5.º) quer a vaga na Série D. O Santa Cruz (4.º) apenas cumpre tabela. Vitória do Alecrim.

sábado, 18 de abril de 2015

Potiguar 2015: Potiguar x Baraúnas às 17h

Local: Estádio Leonardo Nogueira

Potiguar (4-4-2): Santos, Bruno Paraíba, William Thuram, Alexandre, Ciel; Gleison Paraíba, Jefferson, Da Silva, Daniel; Carlinhos Bala, Cleiton Júnior. Técnico: Edinho Cardoso.

Baraúnas (4-4-2): Érico, Everaldo, Victor, Romeu, Edinho; Lano, Sorato, Batata, Romarinho; Binha, André Tavares. Técnico: Givanildo Sales.

Árbitro: Zandick Gondim Alves Júnior (CBF)
Assistentes: Aldeilma Luzia da Silva (CBF) e Francisco de Assis da Hora (FNF)

Destaques do Potiguar
Bruno Paraíba - boa opção ofensiva.
Da Silva - bom na movimentação.

Destaques do Baraúnas
Érico - experiente.
André Tavares - bom na finalização.

Prognóstico: o Potiguar (8.º) tem a motivação de um novo técnico. O Baraúnas (7.º) busca sair do marasmo. Vitória do Potiguar. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Cascata: "Sou torcedor do América"

Clássico já é apimentado por natureza. Mas o de domingo vem recheado. Primeiro, a imprensa já cravou o ABC como favorito ao título do 2.º turno. Depois, Josué Teixeira, segundo Ricardo Silva (Rádio Globo Natal), afirmou em off que podiam filmar, fotografar e mesmo assistir ao treinamento do ABC para o jogo porque este não precisa se preocupar com o adversário. Agora, Cascata apimentou de vez o negócio ao afirmar no Arena da TV Ponta Negra, segundo transcrição literal do Blog Marcos Lopes: "Não tenho vergonha de falar. Sou torcedor do América. Tenho respeito pela instituição ABC, mas sou americano."

Cascata apenas respondeu à pergunta de um telespectador. Mas não hesitou - coisa rara no mundo do politicamente correto. No futebol, então, torcer por clubes já deixou de ser coisa de jogador há muito tempo. Só que Cascata é diferente. Daí sua declaração merecer respeito.

Quanto a domingo, o América carrega uma grande invencibilidade perante o ABC no campeonato estadual. O ABC conseguirá o empate e sairá campeão do turno, embora sem a vantagem de jogar a final em casa? Ou conseguirá quebrar o tabu para dar o liso tão propalado pela imprensa daqui? O América mostrará seu poder de fogo com o artilheiro do Brasil, empurrando a decisão para o clássico contra o Alecrim?

Serão 19 mil espectadores de acordo com a carga de ingressos. Se lotar os setores que inicialmente lhe foram destinados, a torcida alvinegra poderá ter 7.500 lugares. Os outros 11.500 lugares (ou mais, a depender da torcida visitante) estão destinados à torcida alvirrubra, totalmente à vontade quanto a frequentar a Arena das Dunas.

Será um jogão. Disso não tenho dúvida. O resto só saberemos após o apito final.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Pelas pontas

Pelo menos contra o Santa Cruz o América achou a mina de ouro perdida. Com laterais clássicos (quase zagueiros), Bob colocou o surpreendente Régis para atacar como ponta (ele defendeu como volante) pela esquerda e Júnior Timbó também pela direita. O gol saiu numa jogada daquele aproveitada por este. 

Aí Régis virou apenas volante, mas continuou bem. Foi o melhor do 1.° tempo. 

No 2.° tempo, foi a vez de abrir Mateus na esquerda e Emerson na direita. Pois não é que Emerson arrebentou? Assistência para o maestro Daniel Costa e um golaço dele mesmo para fechar o placar.

Zé Antonio Paulista e Gilmar ainda estão longe do ritmo adequado de jogo. E Cascata deve estar guardando o seu melhor para os clássicos.

Eu só sei que o domingo reserva um super clássico centenário para os espectadores da Arena das Dunas, palco espetacular do futebol mundial. Casa cheia na certa. Afinal, quem quer ficar de fora desse evento que pode decidir os rumos do campeonato?