Hoje se encerra o grande espetáculo eleitoral no Rio Grande do Norte e no Brasil. Independente de quem serão ungidos governador e presidente, o momento do voto é sempre especial por igualar ricos, pobres, letrados, ignorantes, autoritários e progressistas. Todos e cada um de nós só temos direito a um voto, sem choro, nem vela.
Para quem nasceu em plena ditadura e é dotada de boa memória como eu, eleições são sempre vistas como um momento de alta importância, seja a do síndico do prédio, seja a de presidente do Brasil.
E olha que tenho bastante tradição em não votar em vencedores! Isso não diminui o meu entusiasmo ou o apreço que tenho pelo voto.
Só não concordo com 2 turnos, nem reeleição. Precisamos definir com convicção o candidato no 1.° turno. Se ele vencer, ótimo. Se não, fica para a próxima. Não se justifica o gasto de dinheiro e tempo e todo o auê no 2.° turno se em 99,9% das vezes vence quem venceu no 1.° turno. E reeleição fica para países com maior tradição democrática. Aqui o uso da máquina é tão grotesco que afirmo sem medo que Micarla e Rosalba só não se reelegeram porque não se candidataram.
No mais, minha gente, mesmo com péssimas opções, hoje é dia de festa porque é o dia em que decidimos o rumo do estado e do país. São dois rumos possíveis, certamente não os majoritariamente desejáveis, mas está em nossas mãos a escolha. Mudança ou continuidade? Nós decidiremos e aguentaremos as consequências pelos próximos 4 anos, quando tudo começará novamente, num ciclo FELIZMENTE sem fim.
Festeje seu voto, seja ele em quem for. A ressaca, principalmente moral, também faz parte da cidadania. Eis um pequeno preço a pagar por tamanha responsabilidade e mesmo tanta alegria. Viva a democracia!
