"Nós somos fogo, nós somos fogo, nós somos fogo e gasolina", canta Roberta Sá. Mas bem que poderia ser cantada pelos dirigentes e cardeais do América. É impressionante como tudo, ou nada, é motivo para melindre.
Depois de o presidente Gustavo Carvalho reclamar no Twitter que havia uma guerra de interesses dentro do América prejudicando o clube, a Tribuna de hoje (pág. 16) trouxe a reação de Jussier Santos e José Rocha.
Jussier disse: "quem é que tem outros interesses no América? Ele quando faz uma afirmação desse gênero deve nominar o destinatário, senão coloca todo mundo no mesmo bolo. Eu mesmo me senti atingido pela declaração, apesar de não ter nenhum outro interesse dentro do clube que não seja o crescimento do América. (...) Se ele não tem coragem de nominar quem é que vem promovendo essa guerra de interesses dentro do clube, é melhor ficar calado. Dessa forma evitaria de provocar esse mal-estar. Acredito que, assim como eu, outros americanos devam ter se sentido atingidos. (...) É difícil ficar numa situação onde todos são considerados suspeitos. Se fosse membro de um cargo de confiança, sairia. Acredito que Gustavo foi extremamente infeliz, até porque ele tem três sócios que estão trabalhando na atual administração. E todos começaram a trabalhar msis próximos da direção durante a minha administração dentro do clube. Antes de lançar suspeitas, é preciso se pensar até nisso."
Já o presidente do conselho deliberativo preferiu atribuir a declaração ao calor da derrota para o Ceará: "Gustavo tem sido um bom presidente. Acredito que foi uma declaração até certo ponto simplória, mas ele deve ter suas razões para ter realizado esse tipo de desabafo. Porém é melhor que encaremos como um tipo de arroubo após uma derrota da equipe. (...) Só o próprio presidente é quem pode explicar a quem endereçou o recado. A mim não afeta em nada."
"Nós somos fogo, nós somos fogo, nós somos fogo e gasolina". Nada de novo no front.