Já começou a dar errado na quarta-feira quando, incentivado pela diretoria americana, Leandro Sena resolveu apostar (o termo é esse mesmo) no campeonato estadual escalando uma equipe sem ritmo de jogo contra o Baraúnas em Mossoró.
E como toda aposta, o risco é grande contra o apostador. Não deu outra: o Mecão perdeu a invencibilidade na temporada e se complicou no 1.° turno do estadual.
Futebol é assim mesmo. Leandro Sena poderia estar sendo louvado por ter poupado os titulares de uma viagem a Mossoró e ainda ter mantido a invencibilidade. Mas esse negócio de priorizar competição nunca deu certo no América, assim como esquema 3 zagueiros... Deixemos esse papo, no entanto, para outra hora.
Diz a lei de Murphy que uma coisa sempre dará errado da pior forma possível. Veja que o pão só cai no chão com o lado da manteiga para baixo. Foi quase isso que aconteceu com o América. Quase.
Começou com o cancelamento do voo para Maceió. Uma viagem na véspera da partida que deveria durar 2h30, levou 10h de ônibus. Isso sem contar o tempo de espera para o cancelamento do voo. O time só chegou em Maceió às 17h30, segundo informou Sérgio Fraiman do ótimo Vermelho de Paixão.
Acrescente-se que o adversário não jogava em casa há muito tempo e a re-estreia em Maceió deu-se justamente contra o Mecão. Sinal de batalha ainda mais dura ante a energia da torcida.
Entretanto, o pior dos sinais saíra muito antes: o velho conhecido pernambucano Cláudio Mercante apitaria o jogo. Sempre ele. Há muitos anos o América não leva sorte (para dizer o mínimo) com esta criatura. Eu já esperava o pior...
Também não ajudou o fato de Leandro Sena escalar Val como um dos volantes. Desde 2005 que bato na tecla de que Val só funciona como 3.° volante. Ele não é bom na marcação, pois é lento, mas sabe roubar bola como ninguém para puxar contra-ataque. Precisa jogar mais à frente. Ontem era dia de Val? Talvez até fosse, mas não com 3 zagueiros e 2 volantes. O contrário tinha maior possibilidade de ser mais eficiente.
Nem falo mais de Adriano Pardal, bom jogador de 2.° tempo, mas que Leandro insiste em escalar como titular.
Juntando tudo isso: expulsão de Val aos 30 min do 1.° tempo, pênalti absolutamente inventado por Cláudio Mercante (será que ele dorme bem apõs apitar jogos do América?), expulsão de Adalberto no 2.° tempo... disastre!
Nem tanto. Pense comigo. O Crb não conseguiu golear um adversário com 2 jogadores a menos na empolgação de uma re-estreia em casa. E só com a ajuda do 13.° jogador, aquele pernambucano do apito, o placar foi inaugurado.
É duro saber que 2x0 leva para pênaltis? Sim. 3x0 é o placar da classificação? Sim. Cada gol do adversário aumenta o prejuízo em dois? Sim. Mas serão 11 contra 11 num tapete e dentro da nossa casa, onde o Mecão é imbatível, especialmente com a presença da massa americana.
Já passamos por isso na Copa do Brasil de 2000. Perdemos de 2x0 para o Remo numa piscina em Belém e tascamos 6x2 no Machadão com um Helinho mostrando-se impiedoso como nunca na frente do gol. Também marcaram o craque Moura, o atacante Ciro e o lateral ruim na posição, mas ótimo cobrador de falta Ricardo (este, duas vezes). Qualquer semelhança com o elenco atual pode não ser mera coincidência. Prometo mostrar o que tenho arquivado dese jogo por aqui antes dessa partida de volta.
Entendeu a mensagem? Não. Então, lá vai em letras garrafais: #EUACREDITONOMECÃO