domingo, 6 de abril de 2025

O Sol é para Todos

Levei muito mais tempo do que gostaria para enfim ler O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird), de Harper Lee, mas nem de longe a culpa foi do livro em si. 


Houve uma pitada de preconceito (absolutamente injustificado) de minha parte e a presença de afazares extenuantes. Quando enfim ganhei um exemplar em abril do ano passado, tudo foi se encaixando.

Nunca vi o filme. Ainda bem. Talvez tivesse me afastado de vez deste clássico. O livro é de 1960, quando eu nem pensava em nascer. 

Esta obra da americana Harper Lee recebeu o Pulitzer de Literatura, reconhecendo o poder da narrativa da autora que conta uma estória cheia de sutilezas e lições de sabedoria que permanecem atuais mesmo sendo a respeito de algo ambientado há quase 100 anos. E ela escolheu narrar tudo isso pelas lentes de Scout, uma menina de 8-9 anos de idade. Acertou em cheio.

Já nas últimas 100 páginas, fui impelida a terminar tudo de um fôlego só, com apenas uma pequena pausa para alimentação. Terminei a última frase com a sensação de que o Pulitzer estava absolutamente justificado. Sorte minha.

A cidade de Maycomb, as pessoas com quem Scout convive, as alegrias, raivas e frustrações que ela experimenta, o amadurecimento repentino e a sabedoria que crianças sempre têm em sua inocência. Tudo vira um conjunto saboroso de leitura. Não à toa, em 2006, bibliotecários colocaram O Sol é para Todos como livro que todos deveriam ler antes de morrer, logo na sequência da Bíblia (sim, muita gente jura que conhece, mas nunca leu o livro mais antigo de que se tem notícia). E eu assino embaixo.



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