Acabei de ver na internet que o técnico Leston Jr. pediu demissão do América.
Não há surpresa. Talvez a única seja que ele mesmo pediu para sair. Mas os meandros do futebol são tão enevoados que nunca teremos certeza de como a demissão se deu de fato.
O fato é que o América vai de mal a pior sob o comando da SAF. Eu já alertava para o perigo para a desportividade de um modelo em que ninguém sabe quem de fato investe no clube, quem manda de verdade.
Antes, investidores ocultos talvez existessem, mas quem estava à frente do clube era alguém que vestia sua camisa com orgulho e que aprendeu a amar o clube desde as arquibancadas.
Hoje, temos um bololô só. Como ninguém sabe quem investe (e quem contrata é subordinado a quem investe), nada impede que exista investidor com cartel de jogadores entre seus investimentos. E se esses jogadores estiverem sem mercado, em baixa, onde encaixá-los? Adeus, desportividade e seja muito bem-vinda, lucratividade.
A pressão da torcida ainda existe mesmo? Quem comanda o clube nem sabe o que é um clube do Rio Grande do Norte ascender contra tudo e contra todos à Série A. Chegar a uma competição internacional oficial (Conmebol, hoje Sul-americana). Não entende o peso da música Vermelho que embalou essas conquistas.
A SAF chegou como um sonho de profissionalismo, mas trouxe mesmo de volta o pesadelo da Série D envolto nos piores erros que administrações anteriores cometiam sob a pecha do amadorismo.
Estamos em fevereiro e já abrimos a contagem de técnicos no América. Ou seja, a administração enfeitada de termos em inglês que o povo mal sabe o que significa, como C.E.O., para dar aquela cara de modernidade, não passa de mais do mesmo. Ou mais do pior.
Pobre América... Sempre fadado a ter sua grandeza espezinhada por quem lhe administra. Sem dó, nem piedade.
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