terça-feira, 12 de julho de 2011

A mudança no América

Sei que é cedo para falar, mas o América mudou e muito com a chegada de Flávio Araújo. O clima entre os jogadores é outro. Basta conferir entrevistas como a de André Neles ao Jogo Aberto e Ação, da Band Natal, em que ele categoricamente afirmou que a direção errou ao trazer Francisco Diá.

Além disso, a constatação de que o trabalho não estava evoluindo também mexeu com o elenco, que já começa a sofrer modificações. Chegou Wanderlei, artilheiro do cearense deste ano. Alberto deve ser dispensado. Fabiano Paredão voltou. O bom Thiago Passos deve deixar o CT americano. O reserva do reserva Elyeser também já se foi.

Fabiano já chegou rasgando elogios a Flávio Araújo, com quem trabalhou no primeiro semestre no Fortaleza. O mesmo de diga de André Neles, que também trabalhou anteriormente com ele, mas no Icasa , na Série B 2010.

A opinião de dois líderes respeitados pela torcida tem peso. E como! Mas é dentro de campo que a análise é mais importante. E aqui posso meter o bedelho. Assisti a um coletivo (isso mesmo: apenas um) comandado por Flávio Araújo. Nos primeiros 10 minutos, um certo equilíbrio. Passado este tempo, o time titular massacrou o time reserva. 3x0 sem que o goleiro titular Sílvio houvesse realizado qualquer defesa estupenda. Já o reserva Thiago Passos foi o destaque do time B.

O time mostrou domínio de bola, velocidade quando preciso e até entrosamento. Inicialmente achei o Rodrigão fraquíssimo. Passados 10 minutos, ele já era destaque da zaga, tanto na defesa, como nos avanços pela lateral. Fernando, volante, é de uma mobilidade impressionante. Muito ágil na marcação sem ser violento. André Neles torna qualquer ataque fácil de acontecer. Faz o pivô divinamente e ainda é quase 100% nos chutes a gol. E o tal do Mazinho é chato de ser marcado. Foi o pulmão do time.

Tá difícil de saber quem entra e quem sai do time. Isso já é um bom sinal. Vejamos se o primeiro jogo treino de Flávio Araújo contra o Cruzeiro de Macaíba na quinta-feira, aniversário do Mecão, às 15h15, no CT, confirma as impressões.

domingo, 10 de julho de 2011

Um ídolo tem que se preocupar com sua imagem

A imagem é fundamental. Quem disser o contrário ou é hipócrita ou é doido. Seja quanto à estética, seja quanto à reputação, o fato é que faz parte de nossas preocupações diárias como os outros nos veem. Ou deveria fazer.

Como confiar numa nutricionista gorda, ou num cardiologista que fuma, ou num estilista que se veste muito mal? Não quero dizer que tais pessoas não saibam e muito de suas profissões, mas à primeira vista, temos certamente a impressão de que alguém não leva muito a sério os próprios conhecimentos. Fica difícil querer que os outros levem tais conhecimentos a sério.

Não poderia ser diferente com ídolos de qualquer espécie. Na música, no esporte, no cinema, na TV, até na literatura. É preciso responsabilidade com a imagem duramente construída e tão respeitada por fãs de todos os tipos.

Poderia citar mil exemplos de desleixo com a própria imagem de vários ídolos ao redor do mundo - desde casos de doping no esporte a engajamento em campanhas de produtos de qualidade duvidosa. Mas prefiro abordar um caso muito mais próximo da realidade do RN: Souza.

O cracaço natural de Itajá até já vestiu a camisa da seleção brasileira. Campeão brasileiro pelo Atlético-PR, campeão da Copa BR pelo Corinthians, cria do América. Sem clube, resolveu vestir a camisa rubra em 2006. Levou o América mais uma vez à Série A e, de quebra, foi eleito o melhor jogador da Série B daquele ano. Isso em vias de se aposentar.

Nem é preciso dizer da idolatria que lhe devota a torcida americana, basta citar as alcunhas que lhe foram direcionadas: o Rei, SHOWza, o melhor camisa 10 do Brasil...

No entanto, duas coincidências ameaçam ruir esta imagem. Duas desistências de jogar. As duas em condições bem semelhantes.

Em 2009, abandonou o futebol. Que época infeliz para fazer tal anúncio! Escolheu justamente o momento em que seu empresário/procurador/amigo Gilberto de Nadai deixava o América por perder a quebra de braço com o técnico Guilherme Macuglia, disciplinador convicto que nunca combinou com a malemolência que imperava (será que ainda impera?) no Mecão.

Resolve voltar em 2011. Anuncia no estadual, mas só retorna aos treinos depois da chegada ao CT americano de Francisco Diá pupilo/amigo de Gilberto de Nadai, por sua vez empresário/procurador/amigo do Rei. Pede paciência, afinal há muito tempo não treinava. Evolução lenta, mas bem avaliada pelos competentes preparadores físicos do América.

A nau de Diá começa a fazer água. Seus comandados só venceram a seleção de Itajá. A torcida, que já não ia com a sua cara, cobra a cada dia mais a sua saída. Nem os dirigentes confiam mais no trabalho de Diá. Este é demitido.

E por essas estranhas coincidências da vida, Souza anuncia que não vai mais jogar futebol. Muitas dores. Até uma hérnia de disco foi alegada. Sem maiores cerimônias, o Rei vai embora. Agora os questionamentos já encontram um eco bem maior do que em 2009: ele teria saído porque Diá fora demitido?

Obviamente, SHOWza negou tais elucubrações. Mas não convenceu. Não convenceu porque seu timing foi mais uma vez desafortunado. Cabia aos profissionais que trabalham com o Rei, ou até mesmo a seus amigos da imprensa que certamente entendem do assunto, aconselhá-lo a não tomar tais decisões assim, no olho do furacão. O futebol é apaixonante, mas, como tal, também prega peças. E uma imagem idolatrada por tudo o que já foi feito dentro de campo, pode ficar definitivamente arranhada por acontecimentos fora dele.

Tal qual a mulher de César, é preciso não apenas ser honesto, mas fundamentalmente parecer honesto. Espero que o Rei tenha melhor sorte em suas próximas empreitadas, e na escolha do momento para anunciá-las.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um semestre já se foi.

Clichê, lugar comum, whatever. Este ano voou. O primeiro semestre acabou na virada da última sexta-feira para o sábado. E quando abrirmos os olhos novamente, já estaremos às voltas com as compras para o Natal (em família ou não).

Não sei porque temos esta sensação de que os anos passam cada vez mais rapidamente. 2011 já passou da metade e mal comemoramos o Carnaval... Um dia desses estávamos todos desejando feliz ano novo e com aquela boa sensação de que tudo iria mudar em 2011. Mudou?

Bem, posso falar por mim. Continuo na batalha para retomar a atividade física. Pelo menos saí do zero para 2 vezes por semana, o que é péssimo para o coração. Mas fazer o quê? O universo parece conspirar para que eu não retome a corrida diária, que nem sei mais quando parei! É mudança de horário de aula, processos repetitivos, batida de carro... Ufa! Mas eu vou conseguir. Pelo menos é o que espero.

Já me programei para voltar à musculação hoje também. Perdi as contas de quantas vezes programei esta volta. Perdi as contas de quantas vezes voltei e parei na mesma semana e de quantas vezes nem cheguei a voltar.

Pelo menos retomei os estudos jurídicos. Isso sim tá no prazo. Terminei a faculdade, 4-5 anos depois fiz especialização, e agora estou pensando em fazer mestrado. Talvez um concurso.

Também já consegui não ser tão gastadeira. O bolso agradece. Mas os gastos extras necessários aumentaram. Imaginem se eu ainda fosse tão mão aberta...

E aquelas resoluções de fim-de-ano? Na verdade, são de todo fim-de-ano. Emagrecer, comprar um carro, uma casa, estudar, arranjar novo emprego... A lista é infinita e sempre adaptada aos desejos de cada um. Em que momento elas se perdem no novo ano? O primeiro semestre já acabou!