sábado, 31 de julho de 2010

Não gostei do que vi, mas gostei do que ouvi

Primeiro, é importante salientar que não visitei tudo. Fiquei nos stands da praça cívica. E ouvi bons comentários a respeito dos outros polos (ginásio e Tv Universitária) na imprensa. Mas foi de péssimo gosto a exposição da SPBC/Cientec.

Fui na sexta à tarde, último dia da exposição, e encontrei um ambiente desolador: stands vazios, expositores loucos para ir embora... Além disso, os stands das escolas públicas eram o reflexo de como você pode preencher um espaço em uma feira científica e não trazer nada de relevante, a ponto de me fazer questionar qual era mesmo o objetivo da feira.

Esses stands tinham tantas coisas amontoadas que mais pareciam aqueles quartos de despejo com todo tipo de tranqueira que a gente não sabe bem para que serve, mas vai guardando até que um dia o tal quarto virou um universo à parte, sem que se saiba exatamente o que há lá.

Pinturas de alunos, muitos objetos feitos de garrafas pet, mas ninguém para explicar o que aquelas coisas significavam. Seria uma exposição de arte?

O mesmo pode ser dito dos stands das escolas particulares, mas lá pelo menos havia alunos para explicarem seus trabalhos e a sensação de coisas amontoadas foi substituída por pessoas amontoadas.

Não havia uma só placa para indicar que tipo de exposições encontraríamos ali. Várias entradas e nenhuma sugestão de roteiro. Um terror para quem gosta de coisas logicamente organizadas.

Quanto às apresentações culturais, posso falar do que vi... ou não vi. Sobre a Big Band Jerimum Jazz, que deveria se apresentar às 22h da quinta-feira e que seria por mim prestigiada logo após a boa Noite Italiana do hotel Barreira Roxa (já comentei do serviço gentil, do bom cardápio, da bebida geladinha, só faltou dizer que eu esperava que os pratos fossem servidos à mesa, mas era estilo buffet), posso dizer que às 22h41 - para ser exata - passei de carro em frente ao local da apresentação e nada! O show não havia começado, o que revela a desorganização.

Não bastasse isto, a por mim tão aguardada apresentação de octetos na capela foi o primor, o suprassumo (agora é com hífen ou não?) da desorganização. Fomos eu e mais 3 da família. Chegamos às 16h40 e não havia o menor sinal de que haveria uma apresentação às 17h. Demos uma volta na capela e conseguimos visualizar alguns técnicos de som e iluminação, então resolvemos entrar para esperarmos sentadas. Assim pudemos acompanhar um show de amadorismo. A arrumação do palco só veio a começar efetivamente às 17h, hora da apresentação em si. Os próprios músicos arrumavam o palco, pois não tinham a menor ideia de onde cada instrumento deveria ficar. Aliás, os instrumentos foram chegando individualmente após as 17h.

Quando imaginávamos que tudo estaria pronto (microfones e luzes checadas, instrumentos em seus locais), eis que chegam os coordenadores e ordenam que as posições sejam modificadas. Puxa pra lá, empurra pra cá, arruma ali e vai começar.

Não havia microfone para anunciar as atrações. Foi tudo no gogó mesmo (por sinal, ambos os professores/coordenadores falavam baixo). Sorte nossa que eu resolvi sentar bem próximo de onde imaginei que ficaria o regente.

Aí o coordenador anuncia que a apresentação será das 17h (como assim? Já eram 17h30!) às 19h porque haveria outro concerto na praça cívica neste horário (não sabiam disso na hora de programar as atrações?) e que aquela primeira apresentação seria bem rápida para que os outros grupos (violões e clarinetes) pudessem se apresentar SE ELES CHEGASSEM. Isso mesmo. Os músicos não haviam chegado ainda para uma apresentação que prometia ser rápida!!!

Resultado: tivemos uma apresentação magnifíca (sim, foi um show de bola a apresentação da banda de percussão com xilofones e assemelhados) de míseros 30 minutos.

Uma vergonha a desorganização da UFRN. Eu chego a afirmar que quem não foi pode até ter perdido algo que valia à pena ver - como a apresentação citada - mas se livrou de muito aborrecimento e desorganização por quase nada.

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