Um primeiro tempo absolutamente sem graça, com uma cara desgraçada de pelada. Eis o retrato da primeira etapa do maior clássico do RN.
Houve um certo domínio do América, mas quase sem ofensividade. O ABC também não quis muita coisa, não. Arriscou um ou outro contra-ataque, tendo até passado mais perto do gol de Renan do que o América em relação ao gol de Carlos Eduardo, mas nada de muito impressionante. Foram muito mais passes errados e bolas morrendo na lateral do que algo produtivo dos dois lados.
E o segundo tempo? A pelada seguiu com força. A única melhora foi a entrada de Matheusinho, que não é reserva nunca neste time do América, ainda mais para Rafinha.
Ainda teve a expulsão de Ferreira, que até estava razoável em campo. Com 10 em campo, o América deixou de pressionar e aí foi que o jogo se perdeu de vez, já que o ABC foi obrigado a atacar, algo que não foi do seu feitio até ali.
Com o 0x0 (que bem poderia ser -1x-1 ou -2x-2), a super decisão do super 1.° turno do super campeonato de pré-temporada foi para os pênaltis.
Prefiro escrever antes da definição, porque independente de quem vença, o futebol passou longe. Para o América, a perspectiva é péssima: quem presta não aguenta o jogo todo e as contratações parecem realizadas num campeonato de várzea, ou, para ser mais precisa, numa pelada de fim de semana. Ou seja, a torcida segue numa tortura infindável. Não há muita diferença do lado alvinegro.
Eis o triste fim do futebol do RN.