Tenho que começar dizendo que só consegui ver América 1x0 ABC já no finzinho do 1.° tempo. E pelo que vi nesse pedacinho, acho que tive sorte de ter começado a ver o jogo mais tarde.
Que pelada triste! Parecia uma disputa de quem entregaria mais a bola ao adversário.
Gostei mesmo de ver a volta de Allef ao time e a primeira vez de Ludke e Gabriel Silva como titulares de Thiago Carvalho. Ainda teve o goleiro Ewerton, que tem estrela no clássico, e o zagueiro Everton Sena, que não aliviou (assustadoramente, diga-se de passagem) em alguns lances.
A exemplo do último clássico, quem quis jogar, atacar, fustigar o gol adversário foi o América. Mais ainda do que no último clássico, o ABC se limitou a ver o tempo passar.
Só que desta vez o resultado passou longe de ser injusto.
No bom 2.° tempo, o gol de frieza de Gabriel Silva só confirmou a impressão que me passou desde sua estreia: sabe chutar muito bem. O América está bem servido com a dupla Gabriel Silva e Iago na movimentação veloz no ataque.
Aliás, Iago continua jogando muito. É praticamente ele e mais 10 até o cansaço bater. Inferniza qualquer adversário e em qualquer quantidade.
O jogo só mudou num lance inadmissível de Wallace Pernambucano, que lascou a cotovelada no adversário, à la Leonardo na Copa de 94 (Tab Ramos se deu mais mal do que o jogador do ABC porque se baixou na hora da cotovelada que mirava seu tronco). No caso de Wallace, o VAR, claro, flagrou o atacante, que havia se encontrado no jogo como pivô/garçom, lançando o cotovelo nas alturas para atingir o adversário e Zandick lhe mostrou o cartão vermelho.
Aí foi uma ruma de mexidas nas duas equipes, mas desta vez o resultado seguiu com o time que mais quis vencer.
Brilharam as estrelas de Thiago Carvalho, que mexeu meio time titular e venceu sua primeira partida, de Ewerton, que voltou a atuar num clássico e ainda mais com vitória, e de Gabriel Silva, que marcou seu primeiro gol com a camisa do América.
Agora é torcer para que as mexidas tenham sido de fato assimiladas pelo técnico do América, especialmente a volta de Allef, porque o que importa mesmo é vencer no Campeonato Brasileiro. O torneio local é de fato um ótimo espaço para testes, exatamente como ele fez (muito bem) hoje. Mas é contra o Botafogo, no próximo sábado, às 21h30, na Arena das Dunas, que a vitória deve ser ainda mais cobiçada.