terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Enfim, uma boa experiência

Não sou muito de festival de música. São demorados demais e, por vezes, atrasam demais para que contem com a minha paciência. Eu me lembro de um em João Pessoa para o qual aceitei ir depois de muita insistência das amigas. Tinha show de Biquini Cavadão. Demorou tanto que mais distribuí mal humor do que diversão. Minhas fotos felizes foram todas na chegada do evento. 

Outra vez foi um show de Jennifer Lopez em Recife que tinha Ivete Sangalo na abertura e Júnior, irmão de Sandy, como DJ no encerramento. Caía uma chuva torrencial na capital pernambucana e o atraso indecoroso de Ivete Sangalo me deixou numa situação de hipotermia após 6 horas debaixo d'água que caía sem parar. No primeiro grito de Jennifer Lopez, deixamos o local para pegar o carro e voltar para Natal. O corpo não aguentava mais. Não dormi na estrada porque Deus não quis. Não sabia mais o que era reta nem curva a 60 km/h na estrada e só lutava para me manter acordada até chegar a Cabedelo-PB para enfim descolar um motel para dormir até a manhã seguinte.

As duas experiências traumáticas ocorreram há mais de 10 anos. Meu abuso de Ivete inclusive começou daí. Não suporto quem marca um horário e não cumpre.

Neste ano, uma amiga me apresentou ao Festival Pôr do Som & DoSol, que foi realizado no último fim de semana na Funcarte (Capitania das Artes) na velha Ribeira de guerra. Sempre tive vontade de ir a um festival essencialmente potiguar, mas as experiências anteriores e até o trabalho como professora me impediam de empreender uma aventura por horas e horas de show. Como a pandemia levou embora a professora deixando apenas a advogada, o caminho ficou mais aberto, e para minha sorte, Janaina me fustigou o suficiente para que eu encarasse a maratona. Enfim fui a um festival praticamente sem defeitos do início ao fim.

Primeiro, eu que cheguei atrasada nos dois dias, talvez por imaginar que sofreria o que passei na palhaçada de Ivete Sangalo em Recife. Azar o meu, que perdi um show bacana no 1.º dia (cheguei no finzinho) e outros dois no 2.º dia (precisei chegar um pouco mais tarde). 

Segundo, o pessoal da portaria era absolutamente cordial com quem chegava, mesmo quando precisava impedir a entrada de algo ou inspecionar bolsas.

Os shows foram todos muito legais. Adoro não conhecer música alguma quando vou a um show de artista desconhecido para mim. Até a galera DJ também me surpreendeu. Natal e o RN têm artistas de muita qualidade, carisma e com repertório atrativo logo de cara.

Além disso, pela primeira vez, fiquei com uma inveja danada da geração Z. Ela cresce absolutamente consolidada no conceito de que o mundo é lindo em sua diversidade de estilos musicais, jeito de se vestir, orientações sexuais, identidades de gênero, o que produz uma mistura belíssima de acompanhar de pessoas sem o menor risco de algum olhar incompreensivo. De longe, essa constatação era unânime ao meu redor. Da patricinha à galera mais alternativa, todo mundo parecia super à vontade com seus pares diversos.

Minha grande reclamação vai para os valores cobrados dentro do festival. Vejo que a Arena das Dunas fez escola por aqui. Uma coxinha custava R$ 11! Uma lata de Devassa, a cerveja puro malte menos cerveja do mundo, R$ 7. A Heineiken, que se acha muita coisa, mas não amarra a chuteira de tantas outras, R$ 12. Nada de Spaten, a cerveja mais encorpada e anti-ressaca do mundo (e olhe que tem teor alcoólico bem superior à media, 5,2%). 

Também havia muitos banheiros químicos, mas eu gostaria de ter tido acesso a banheiros físicos mesmo. Os químicos, imersos na escuridão, nos deixavam com duas opções: dividir o minúsculo espaço fétido com alguém muito solidário para segurar a lanterna do celular e, neste caso, enxergar toda a imundície, ou enfrentar a podridão absolutamente no escuro. Triste.

No mais, saí de lá com a certeza de ouvir muito mais música potiguar no Spotify porque gostei mesmo, por exemplo, de Sarah Oliver, e confirmei a opinião que já tinha a respeito de Luísa e os Alquimistas, para citar apenas duas bandas cujos shows me agradaram demais.

Espero por novas oportunidades e que elas venham com banheiros iluminados e limpos e com preços menos escandalosos de bebidas e comidas em seu interior.

Manchetes do dia (17/1)

A manchete do bem: 
  • PGR denuncia e pede prisão de 39 suspeitos de atos golpistas e vandalismo no Senado
As outras: 
  • Em Davos, Marina reafirma compromisso do governo com desmatamento zero
  • Justiça recebe ações e ordena que Moro e Deltan se manifestem sobre gastos em campanha
  • PIB da China cresce 3% em 2022, um dos piores resultados em quase 50 anos
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (1/17)

The headline for good: 
  • Republican ex-candidate arrested in shootings targeting New Mexico Democrats
The others: 
  • With 50 dead in Peru, a referendum on democracy
  • Skipped showers, paper plates: an Arizona suburb's water is cut off
  • Sickle cell cure brings mix of anxiety and hope
Good morning.

Source: The New York Times 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Reapresentação

Segundo informação do assessor de imprensa Canindé Pereira, o elenco americano se reapresenta hoje às 15h no CT do clube em Parnamirim.

Manchetes do dia (16/1)

A manchete do bem: 
  • Itália prende número 1 da Cosa Nostra, mafioso foragido havia 30 anos
As outras: 
  • Ataque golpista tem digitais da Lava Jato, diz pesquisador
  • Davos começa com medo de recessão global e Brasil procurando virada
  • 'Marighella', filme dirigido por Wagner Moura, vira minissérie na TV aberta
Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (1/16)

The headline for good: 
  • How three Black women hope to change the home appraisal industry
The others: 
  • 'We will die for Brazil': How a far-right mob tried to oust Lula
  • Plane's takeoff aborted as another crossed its path at Kennedy, F.A.A. says
  • If affirmative action ends, college admissions may be changed forever 
Good morning.

Source: The New York Times 

domingo, 15 de janeiro de 2023

Só um lado

Ricardo Bezerra, conselheiro do América, postou imagem no Twitter com reclamação de que o ABC aproveitou o intervalo do clássico para acionar o sistema de irrigação de seu estádio apenas do lado em que ficaria a defesa do América no 2.° tempo da partida.



A expectativa agora é para o que virá na súmula da arbitragem potiguar, já que quem viu o jogo também reclamou de objetos jogados no gramado em direção aos atletas do América.

Entre mortos e feridos...

... salvaram-se todos. 

Vi muito pouco de ABC 0x0 América. Do pouco que vi, um pedaço era o América que pressionava o ABC dentro da casa do adversário, a ponto de algumas vezes sofrer contra-ataques bem ao gosto do alvinegro. Em outro pedaço, era o ABC que pressionava o rival, a ponto de obrigar Bruno Pianissola a algumas boas defesas. Tudo ainda no 1.° tempo.

Não vi o resto. Fiquei apenas com a impressão de que ainda falta (muito) ritmo de jogo a Norberto e gostei muito, mas muito mesmo da movimentação de Wallace Pernambucano, que parece ter escolhido a temporada 2023 para brilhar de verdade por aqui.

O título desta postagem ressalta que o empate serviu aos 2 num torneio estadual que parece ter chegado na versão mais medíocre dos últimos anos, afinal já são 4 resultados de 0x0 (em 5 jogos até a hora em que faço esta postagem) e o empate terminou ameaçando a liderança da maior dupla do futebol do RN.

No caso do América, é preciso ressaltar que os comandados de Leandro Sena já passaram por 3 jogos importantes na temporada - 2 decisões na Pré-Copa do Nordeste e o maior clássico do estado - e segue invicto, tendo conseguido 2 empates em terrenos adversários, contra oponentes de Série C e Série B, respectivamente, fora as 2 vitórias dentro de casa, ambas de goleada, uma delas contra adversário tradicional no Nordeste.

Para aliviar para o torneio estadual ante tanto amadorismo sobre se vai ou não ter transmissão, pelo menos a Band transmitiu na TV aberta e anunciou que também transmite os jogos no seu portal. 

Podcast: O que deu errado nas Americanas

A percepção de quem conhece a loja há muito tempo.


Ouça "O que deu errado nas Americanas - Só Futebol? Não! com Raissa" no Spreaker.

Podcast: Frigideira

Chegou o 1.º clássico do ano.









Ouça "Frigideira - Só Futebol? Não! com Raissa" no Spreaker.