Finalmente o América mostrou no resultado a superioridade vista em relação ao Icasa. E cabiam mais gols, tantos foram os desperdícios de Wallace Pernambucano, por exemplo.
Não houve magia alguma, apenas apostou-se no que havia de organização desde o estadual. Bruno, Rodrigo, Jean Pierre, Rômulo, Felipe Cruz; Juninho, Allef, Araújo; Elvinho, Zé Eduardo e Wallace Pernambucano (gostaria de vê-lo atuar mais pela esquerda, e não enfiado o tempo todo).
Não houve show, apenas superioridade. Se bem que Elvinho fez um golaço para abrir o placar e deixar o time um pouco mais solto. Allef mandou e desmandou no meio, tanto na marcação como no ataque e também deixou o seu num lance coletivo em que mostrou oportunismo. E Zé Eduardo girou como deve fazer um centroavante de verdade em algumas oportunidades e também marcou um golaço, que coroou uma atuação irrepreensível como atacante e como atleta de uma equipe, já que, além das chances de gol (uma convertida) batalhou o tempo todo, inclusive segurando as pontas - muitas vezes sozinho - da marcação pelo lado direito.
O problema das laterais persiste. Rodrigo quase não existiu pela direita. Felipe Cruz tentou e até acertou alguma coisa, mas o número de erros bobos frustou muitos ataques no 1.° tempo.
As substituições também não renderam nem perto do que os titulares ofereceram. Mais um sinal de que o parâmetro das contratações, que deveria ter sido para melhorar o time do estadual, não funcionou. O problema das laterais urge de tão premente.
O mais importante foi a correção de rumo. Quem é melhor joga. E o time do estadual era e é melhor. Os outros esperam a vez no banco.
E que me desculpe a pessoa que duvidava que Zé Eduardo e Wallace Pernambucano pudessem atuar juntos no ataque, mas ela não entende patavina de futebol.
Para não dizer que não falei de flores, o Icasa era bem inferior. Tanto que passei o jogo todinho torcendo para que seu contra-ataques chegassem sempre ao seu camisa 10, Jairinho. Era o fim de qualquer chance de gol da equipe visitante. Se o 10 era assim...
A tabela agora traz o América entre os classificados. Que Brigatti e seus comandados lutem muito para aí permanecerem até o fim desta primeira fase. Sem magia, show ou invenção; apenas futebol organizado e que respeita a melhor condição técnica e física na hora da escalação.
Torcer também para que contratações de verdade cheguem para, de fato, resolver as enormes necessidades do elenco, principalmente laterais. Para inchá-lo ou para povoar DM, já se fez muito até aqui.
Por falar em DM, que horror foi acompanhar as tentativas de chamar a ambulância após o fim do jogo para atender ao zagueiro Rômulo, que desabou no chão com a mão no peito! Inadmissível! Espero que esteja tudo bem com ele, mas foi uma aflição (imagens na próxima postagem de minha autoria - sim, eu voltei à Arena das Dunas depois de muito tempo sem frequentar estádios pela pandemia).