Smile
tho'
your heart is aching,
Smile
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky- You'll get by,
If you
Smile through your fear and sorrow,
Smile and maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through- For you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile- What's the use of crying,
You'll find that life is still worthwhile,
If you just smile.
A música acima é um clássico cantado inúmeras vezes por inúmeras vozes. O Google registra Charlie Chaplin como o responsável por sua fama. Em geral, fala que devemos sorrir apesar da dor.
Um verso me capturou a atenção hoje ao ouvi-la no carro: Smile, what's the use of crying (Sorria, de que serve o choro?). A letra obviamente valoriza o sorriso e a visão otimista do mundo, mas acho que os compositores pegaram pesado ao questionar a utilidade do choro.
Sim, choramos quando não aguentamos mais a dor que invade o peito a ponto de nos sufocar. E quanto alívio o choro nos traz numa situação assim!
Se procurarmos, veremos uma ruma de hormônios que são liberados quando choramos. É possível até achar quem afirme que quem chora é mais... feliz. Não é de espantar já que o choro consegue dar fim, pelo menos temporário, a dores emocionais e tensões acumuladas.
Isso para não falar na parte fisiológica da coisa, com os benefícios para pálpebras e olhos.
Chorar, antes de ser uma fraqueza, é um mecanismo de defesa para quando nos sentimos dominados pelo mundo.
Então voltando à pergunta da música entoada por Chaplin, eu responderia que sorrir ilumina o mundo, mas chorar desafoga a alma e nos permite seguir na luta. E se não é possível ver que um é tão importante quanto o outro, lembre-se do verso da próxima vez que chorar e experimentar todo o alívio que isso traz logo em seguida.
Sorria sim. Mas chore também quando for preciso.