Sou daquelas que quando gostam de uma coisa dificilmente experimentam outra.
No caso de TV por assinatura, foram muitos anos de Cabo exclusivamente, depois compartilhados com Sky.
Num belo dia compramos uma Smart TV e resolvemos testar um aplicativo chamado Netflix nela. Pronto. Um novo mundo se abriu para mim, especialmente com séries desafiadoras do que normalmente se vê na TV aberta, seja pelas estórias, seja pela disposição da temporada inteira de uma vez só (embora eu dificilmente maratone alguma coisa).
Foram outros tantos anos até eu ter coragem de deixar minha relação com a Cabo estrita a conexão, com nada de programação.
Aí surgiu Juliette e um documentário exclusivo na Globoplay, que ainda disponibilizou uma promoção durante um ano a R$ 14,90 mensais.
Entrei para o mundo da Globoplay, obviamente sem deixar Sky nem Netflix.
A primeira constatação é a de que assisto cada vez menos a Sky, próxima na linha a ir embora, apesar de não haver data certa para isso. Mamãe é louca por novela e o Vivaé cheio delas. Só que a Globoplay também tem mil novelas disponíveis e ainda há possibilidade de um plano com os canais Globo, o que inclui o Viva. O que sustenta a Sky neste momento é a Olimpíada de Tóquio, vício de toda pessoa com alma de esportista.
Sobre a disputa Globoplay x Netflix especificamente, é impossível deixar a Netflix. Um catálogo insuperável de programação, especialmente a original, e um aplicativo que funciona redondinho na TV ou no celular impedem qualquer movimento neste sentido. A Netflix praticamente entende o que você quer fazer e facilita demais o uso para retomada ou para um programa novo.
Já a Globoplay padece de um funcionamento melhor. Os carregamentos são bem mais demorados e as interrupções, frequentes. Nem todo dia a qualidade da imagem é a melhor disponível. Também há dias em que o aplicativo esquece em que episódio você parou de ver uma série. E se você simplesmente escolher da seção "Continuar Assistindo" não dá nem para saber em que episódio você está para calcular quantos faltam para o fim da temporada. É preciso usar a busca para "descobrir" a série novamente e enfim saber em que ponto você se encontra.
Não tenho os canais ao vivo da Globoplay por motivo óbvio - sou assinante Sky - e assim não sei como se dá seu funcionamento. Vou saber da minha irmã o que ela acha e (quem sabe?) testar por aqui.
O que salva a Globoplay é sua programação original, como o documentário de Juliette, e alguns (poucos) hits internacionais, como Killing Eve.
Preço também não pode ser desprezado. Hoje pago na Globoplay menos da metade do que pago na Netflix.
Mas se eu tiver que escolher, a Netflix jamais deixará seu posto de favorita no meu coração, a menos que algo muito grave aconteça daqui para a frente, e olha que ela se esforça neste sentido, já que adora cancelar séries maravilhosas com apenas uma temporada. A Globoplay ainda precisa ralar muito para ter o funcionamento esperado, ou seja , o padrão Netflix.