segunda-feira, 31 de maio de 2021

Agora é olho no estadual

Se antes o América buscava para a pré-temporada um treinador com sucesso na Série D e o perdia por causa de tropeços no estadual (não necessariamente perda de título, mas derrota, empate e até vitória por placar que alguém julgou insuficiente) marcadamente nos casos de Felipe Suriam, Luizinho Lopes e Waguinho Dias, agora o vento mudou para buscar, a poucos dias da Série D, um treinador que não tenha acessos e sim, sucesso em estaduais.

Pelo menos essa é a impressão que se tem pelo que o clube destacou da trajetória do técnico recém-contratado.

No mais, o América repete (lembram do modo "repeat" citado no podcast de domingo?) a fórmula de trazer um grupo para cuidar de forma autônoma do futebol (presidente é quase uma rainha da Inglaterra) e montar tudo em cima da hora.

Também no modo "repeat", desejo sucesso dentro de campo a Hermano Morais, Paulinho Freire e Alex Padang.

Para quem gosta de contratações



A Diretoria do América Futebol Clube comunica que foram concluídas as tratativas com o Grupo Gestor que assumirá, com total autonomia, os destinos do departamento profissional de futebol do clube, para o Campeonato Brasileiro de 2021. 

O Grupo Gestor será liderado pelo ex-Presidente Hermano Morais, pelo ex-Diretor de Futebol, Paulinho Freire e, possivelmente, pelo ex-presidente Alex Padang, que está finalizando o diálogo junto à sua família. 

O objetivo é unir forças com toda a família alvirrubra e, desta forma, a atual gestão  conta com a força da torcida para alcançar os novos destinos do clube, condição que a diretoria elege como prioritária para o resgate de tantas conquistas na história americana. 

O primeiro contratado pelo Grupo Gestor é o treinador Daniel Neri, de 41 anos, ex-Sampaio Corrêa-MA, e que contabiliza passagens por Progresso e Dragon Force de Portugal, Porto-PE, Sport-PE, Flamengo-PE e Salgueiro-PE.

Na últimas duas temporadas, Daniel foi campeão pernambucano com Salgueiro em 2020, tendo sido escolhido o melhor treinador da competição, e campeão maranhense este ano.

Amanhã (1), às 8h30, Daniel Neri iniciará os trabalhos no Centro de Treinamento Dr. Abílio Medeiros, em Parnamirim, visando a estreia no Brasileirão contra o Central de Pernambuco, no sábado (5), às 15h, na Arena das Dunas.

Fonte: Canindé Pereira - América

Manchetes do dia (31/5)

A manchete do bem: Estudo em Serrana (SP) indica que pandemia pode ter controle.

As outras: Demora para obter laudo e filas retardam vacinação nas capitais, Reguladores nos EUA avançam no controle do mercado de criptomoedas e Naomi Osaka leva multa por não conceder entrevista em Roland Garros.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (5/31)

The headline for good: Seminary built on slavery and Jim Crow labor has begun paying reparations.

The others: 'Good for the soul': Giant murals turns São Paulo into open air gallery, Prepare to pay more for Uber and Lyft rides, and Baseball is returning to the Olympics, with or without the U.S..

Good morning.

Source: The New York Times

domingo, 30 de maio de 2021

Podcast: Que experiência!

A jornada da vacina.





Listen to "Que experiência! - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Podcast: Novamente

A repetição do padrão.









Listen to "Novamente - Só Futebol? Não! com Raissa" on Spreaker.

Manchetes do dia (30/5)

A manchete do bem: Maioria apoia elevar impostos para reduzir desigualdades.

As outras: Bolsonaro pede a Exército que não puna Pazuello e amplia a crise, México quadruplica rejeição de brasileiros em aeroportos para evitar migração aos EUA e Canadá encontra vala comum com restos mortais de 215 crianças indígenas.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Today's headlines (5/30)

The headline for good: Tribes to confront bias agaisnt descendents of enslaved people.

The others: As G.O.P. blocks inquiry, questions in Jan. 6 attack may go unanswered, They call it 'insane': Where Myanmar sends political prisoners, and Texas Republicans finalize one of the nation's strictest voting bills.

Good morning.

Source: The New York Times

sábado, 29 de maio de 2021

Pequena amostra

Primeiro eu tinha certeza de que teria reação à vacina da Covid-19, qualquer que fosse ela. Meu histórico com vacinas sustentava essa minha certeza, a começar da vacina contra coqueluche quando ainda era criança de colo. Foi só recebê-la e - pimba! - tive coqueluche, embora numa versão mais leve. 

A da gripe normalmente me traz resfriados. Neste ano, tomei a da OAB e tive uma dor no braço que se estendeu por uma semana. 

A da Covid-19 eu não achava que tomaria tão cedo. Quando fiz a inscrição da família no RN + Vacina, cheguei ao entendimento de que seriam vacinados os idosos de 75 anos ou mais e apenas os idosos entre 60 e 74 anos que tivessem comorbidades seriam vacinados nesta primeira fase. Tanto que fomos ao cardiologista em março e só pedi laudo das comorbidades de mamãe (73 anos), desprezando a minha e a de Janaina.

Aliás, na época do cadastro nem hipertensão arterial era uma comorbidade aceitável, somente a do tipo resistente (3 medicamentos) ou que tivesse atingido um órgão.

Entretanto, a vacinação seguiu entre idosos (60 anos ou mais) sem necessidade de prova de comorbidade. E os critérios foram mudando. Nem a nossa asma (leve) se encaixava mais dentre as distinções para a vacinação.

Quando imaginei que o Brasil seguiria o Reino Unido, que desistiu de vacinar por comorbidades para não deixar que a burocracia atrapalhasse o ritmo da vacinação, a realidade foi outra. Foram anunciadas comorbidades sem muita explicação do que cabia e não cabia em cada uma delas, inicialmente de 55 a 59 anos. 

Confesso que a essa altura eu nem pensava que estaria nas comorbidades, desta feita por diabetes. Há anos luto contra o vício em açúcar e todas as implicações disso. Já passei por Xig Duo (um tanto quanto caro) e estou de volta ao Glifage XR 500, que é retirado na farmácia popular depois da forte queda de renda da pandemia. Aprendi a tomar líquidos ou com sucralose ou sem nada adicionado. Não tomo mais refrigerantes, com a exceção de eventos em que há exemplares sem açúcar. Troquei o máximo de massas brancas por massas integrais. Frutas como melão e melancia são consumidas preferencialmente com castanhas para quebrar o índice glicêmico.

Com tudo isso, como eu não imaginava que estaríamos nas comorbidades? Porque achava que apenas quem tinha diabetes mellitus insulino-dependente, como mamãe, é que estaria enquadrado nas prioridades desta fase. Foi uma amiga que nos alertou que não havia essa especificidade na comorbidade diabetes mellitus e que nós poderíamos receber a vacina.

Aí começamos outra luta: marcar a endocrinologista para conseguir nossos laudos. Data mais próxima: 24 de junho. Ter plano de saúde virou quase pedido de favor a um(a) médico(a) para uma consulta. Pior ainda quando se tem um problema desconhecido: corre-se o risco de chegar o dia da consulta e a gente nem lembrar mais o que a motivou de tanta demora.

Nesse meio tempo, a prefeitura de Natal ia e voltava nos documentos exigidos. Com as vacinas se acumulando sem que as pessoas conseguissem cumprir a burocracia, a ruma de documentos exigidos cumulativamente passaram a ser exigidos alternativamente. O mais simples era prescrição médica com carimbo ou cupom de programas do Ministério da Saúde.

Aí outra amiga nos alertou de que bastava prescrição médica com carimbo e assinatura do(a) médico(a). Um alívio não precisar pagar novas consultas no mês seguinte apenas para conseguir laudos dizendo por escrito o que há anos temos. Digitalizei nossas prescrições atuais, que são de consulta ao cardiologista em março, juntei até o cupom da farmácia popular da última retirada na farmácia de nossas caixas de Glifage e acrescentei no nosso cadastro no RN + Vacina.

E aí? Tudo pronto? Que nada! Como não imaginávamos que a nossa idade chegaria tão rápido, Janaina se vacinou em maio contra a gripe antes da Covid-19. Tivemos que esperar 15 dias. Para completar, o pedreiro enfim veio consertar o teto que desabou. No dia que esperávamos nos vacinar, a prefeitura suspendeu as primeiras doses para incentivar a galera da 2.ª dose de Oxford a completar o esquema de vacinação. 

A vacinação foi retomada na sexta. Tudo pronto? Nada! Janaina quebrou um pedacinho de um dente. Lá fomos em busca de Dra. Laércia no Sesi para resolver a parada. Não sabíamos se haveria alguma interação com o tratamento. Para nossa surpresa e alívio, a dentista nos incentivou a ir logo nos vacinar enquanto aguardávamos a vez, já que não havia fila alguma no Sesi.

Chegamos e nem sentamos na triagem. Apresentamos a documentação, assinamos o termo e seguimos para a vacinação. O tratamento foi de uma gentileza impressionante. Tiramos foto e voltamos para a dentista. Dente resolvido, voltamos para casa felizes da vida.

7-8 horas depois é que começou meu sofrimento. Lembram da certeza das reações? Pois bem. Comecei a sentir um frio de lascar. Vesti meias e me enfiei debaixo de um edredom deixando só os olhinhos de fora. Temperatura conferida a cada meia hora. E subindo... E o frio aumentando a ponto de me fazer chorar por ter de ir ao banheiro fazer xixi. 

Nem posso reclamar da dor de cabeça porque já estava com ela desde a quinta-feira. Sofro de cefaleia tensional. O braço da vacina ficou intocável, exatamente como ocorreu com a vacina da gripe.

Com 38.1°, hora de tomar dipirona. À essa altura, era Janaina que começava a sofrer com dores no corpo e enjoo.

A minha febre resistiu ainda por 1-2 horas. Mesmo depois da dipirona, ela insitia em marcar 38.8°.  Interessante é que eu já não sentia mais frio nessa marca. Até a dor de cabeça deu uma aliviada. Janaina, coitada, começou a piorar também com a temperatura dando mostras de subir.

O resumo da ópera é que cochilamos em turnos de 10 minutos até perto de meia-noite. Janaina não chegou a ter febre (acho que porque ela já tem normalmente uma temperatura mais elevada), mas a dor no corpo e o enjoo eram marcantes. Conseguimos alongar o sono até 2h19. Banhada de suor, fiz a última medição de temperatura. Abaixo de 37° nas duas. Ainda assim, Janaina tomou uma dipirona para aliviar as dores. Pronto. Conseguimos novo turno de sono até 5h50. 

Acordei bem melhor, mas bastou começar a preparar a mesa do café da manhã para a energia acabar. Isso deve ser uma pequena amostra (muito pequena mesmo) do que a maldita Covid-19 faz com quem adoece. Juntamos forças para comer e já estamos deitadas novamente. Seguimos com dor de cabeça, mas nada de febre ou mesmo enjoo.

Espero que as reações desapareçam ao longo do dia porque outra noite sem dormir adequadamente é de lascar. 

Tomamos a vacina da Oxford e eu faço esse relato para que quem vai se vacinar se prepare para as reações que podem ocorrer para que não haja supresas e algum transtorno nas atividades diárias. Fomos as duas no mesmo dia e talvez fosse melhor termos ido em dias diferentes. Também é bom se certificar de ter dipirona em casa, obviamente se você não tiver alergia a ela.

Mas nada disso é motivo para não se vacinar ou mesmo não tomar a 2.ª dose. Como eu disse, isso tudo é apenas uma pequena amostra do que essa doença maldita pode fazer, inclusive ceifando vidas indiscriminadamente.

A partir da próxima semana deve ser retomada a vacinação por idade. Não pense duas vezes: programe-se para reações, mas não deixe de se proteger e proteger todos ao seu redor. Ah, máscara e distanciamento seguem obrigatórios também para quem recebeu vacina até que a situação de epidemia no Brasil regrida para total controle. Vacina não é um escudo intransponível, mas em conjunto com as outras medidas, é garantia de saúde para todo mundo. 

Manchetes do dia (29/5)

A manchete do bem: Marfinense se torna 1.° doutor em relações internacionais da Uerj após fugir de guerra civil.

As outras: Governo acionará térmicas sem contrato para evitar racionamento de energia, Ato de Bolsonaro com Pazuello passa de 'pesquisa eleitoral' a evento 'sem viés político' e CPI já tem elementos para identificar responsabilidades.

Bom dia.

Fonte: Folha de S.Paulo