O que esperar de um time de Série D cheio de reservas contra um time de Série A cheio de titulares? Uma goleada, certo?
Errado. Se era bem claro o domínio do Bahia por sua maior qualidade técnica, o mistão do América mostrou empenho na marcação e até arriscou alguns bons lances de ataque/contra-ataque, especialmente pelo lado esquerdo, com Renan Luís, Dione e Luiz Fernando. Pena que Tiago Orobó, em recuperação de virose e numa função em que ainda não se mostrou à vontade em campo nesta temporada, teve atuação apagadíssima.
O primeiro gol do Bahia, por exemplo, contou com uma certa contribuição do goleiro Vitor Paiva, algo de que ele se redimiu em outros lances.
O América não desistiu de sua plataforma de jogo. Já o Bahia começou a não ter mais nenhuma pressa na partida. Devo ainda registrar 3 lances em que o auxiliar Marcelino deu impedimento do ataque americano de forma equivocada, isso tudo no primeiro tempo.
No segundo tempo, o velho choque de Roberto Fernandes nos vestiários melhorou o desempenho ofensivo do América, avançando Geninho para o meio de campo, e o time deu até pinta de que iria empatar. Mas aí o Bahia foi tomando o controle das ações novamente, não mais de forma tão organizada, em bloco, como fazia no primeiro tempo. Condicionamento físico e melhor qualificação técnica do elenco visitante pesaram. No último momento do jogo, o Bahia chegou ao 2.° gol.
América 0x2 Bahia, para a disparidade técnica dos times que foram a campo, ficou até melhor do que o esperado.
O Mecão agora se volta aberta e completamente para a grande decisão de quarta-feira. São 6 anos esperando para ver o América passar de fase jogando em casa na Copa do Brasil. Ansiedade a mil, com todo mundo contando as horas para o início de América x Juventude numa Arena das Dunas absolutamente vermelha. Isso sim é o que importa.