Atarefada como sempre, só pude chegar ao América para aclamação de Leonardo Bezerra como presidente em cima da hora. Às 19h em ponto, eu pisava no hall de entrada da sede social.
Ainda deu tempo de cumprimentar Leonardo e Ricardo antes da aclamação. Até tirei uma foto (abaixo, no clique de Janaina) com aquele que só não faz chover na TV Mecão.
No local da votação, reencontro de alegria com Gustavo Gurgel. Depois, Ricardo Bezerra, Clovis Emídio, Curió, Alex Padang e, claro, Nadja, por quem tenho muito respeito e carinho, principalmente por ter sido minha professora de Direito de Trabalho na UFRN, tanto que foi ao seu lado que acompanhei a sessão do Conselho Deliberativo.
Aliás, Nadja é conhecida por seu espírito americano combativo. Quando se sentou ao meu lado, disse que só estava ali dando um voto de confiança a Leonardo Bezerra porque conversara com ele ontem durante o dia, tendo perguntado sem firulas se ele era a favor do América perder patrimônio com aquela história de abnegados emprestarem dinheiro ao clube e depois receberem de volta em salas e apartamentos, e ouviu a pronta resposta de que ele é contra isso. Leonardo, inclusive, fez questão de lembrar a conversa com Nadja em seu discurso aos conselheiros, afirmando que o América não vai ter seu patrimônio dilapidado em sua gestão. Aliás, ele tem ressaltado que quer ver o clube depender apenas de suas próprias receitas, rumo à profissionalização. Só a confirmação disso ao fim de sua gestão já será uma enorme vitória.
Ainda em seu discurso, Leonardo também fez questão de afirmar a importância do estadual de 2020 para o ano de 2021. Pela primeira vez, eu vi um presidente assumir que o estadual é o grande balizador do ano, ainda que o grande sonho seja subir para a Série C. Cansamos de ouvir que a prioridade era a Série D e 5, 6 rodadas do estadual mudavam tudo. Como o estadual garante as vagas do dinheiro (Copa do Brasil e Copa do Nordeste) e até calendário na Série D, enfim, acabou-se o discurso fantasioso de que só haveria um grande objetivo no ano e fica logo todo mundo ciente disso. Ponto para a transparência.
Ricardo Valério falou sobre o trabalho da dupla que já começa agora. Pretendem mostrar bons projetos já na posse, somente em 10 de dezembro. Fez questão de ressaltar o bom relacionamento com o ABC e que isso era indicativo do espírito de união dentro do próprio América, vez que até com o rival não havia conflito fora de campo.
A sessão havia começado com a fala do presidente do Conselho Deliberativo José Rocha. Ainda houve uma intervenção de Pepeu Lisboa no sentido de como se daria a aclamação, que foi aprovada. No protocolo, chegou a vez de Carlos Gurgel para dar as formalidades do colégio eleitoral. Logo em seguida, foi a vez do atual presidente Eduardo Rocha se manifestar, ressaltando a satisfação com o fato de dois membros que atuam em sua gestão partirem para o comando do América.
A aclamação em si foi bem rápida. Ante a chapa única, não havia eleição, um verdadeiro palavrão no América. Hora dos cumprimentos e das coletivas. Ainda troquei mais umas ideias com Canindé Pereira e dei uma mãozinha (as duas, na verdade) à imprensa.
A sensação é de que há muito trabalho pela frente. Afinal, o América não pode seguir com os olhos voltados para o passado. Que a próxima gestão não esmoreça e leve o América para bem mais perto do futuro e, claro, de sua torcida.