Eu estava louca para ver Bibi: uma vida em musical desde que soube de sua existência. Primeiro, porque Bibi Ferreira foi a maior artista que este país já viu. Cantar, atuar e - por que não? - os dois juntos embalaram a vida de alguém que trazia a arte como ofício e missão de vida. Mas Bibi também dirigiu e compôs. Era completa.
Tive a sorte de vê-la de pertinho no Teatro Riachuelo na sua última turnê. E esse musical em sua homenagem ela também teve a sorte de ver em seus últimos momentos entre nós.
São mais de 3 horas divididos em dois atos absolutamente dedicados a contar toda a história dessa grande artista que o Brasil gerou. Há circo, há belos cenários, há música, há vozes maravilhosas, há dialógos engraçados. Porém mais do que tudo, há uma impressionante personificação de Bibi encetada pela atriz Amanda Acosta. Vemos Bibi envelhecer à nossa frente porque Amanda nos convence a cada palavra.
Sem querer dar spoiler, mas sem outro jeito, eu não contive as lágrimas quando o musical chega para a parte em que Bibi se apresentou na Broadway. Era ela mesmo ali, de novo, no palco do Riachuelo cantando New York, New York e falando com o público. Segui chorando até o fim do espetáculo tamanho o impacto que aquela cena teve em mim. Vim para casa ainda com os olhos cheios de lágrimas e a voz embargada. Ainda agora me emociono lembrando disso.
Se há algo que os natalenses têm a fazer neste sábado é correr para acompanhar uma das duas sessões desse espetáculo de primeira linha sobre a nossa mais genial artista. Há uma sessão às 17h e outra às 21h. Conhecer Bibi, para os que não a conhecem ainda (?!), é tão fundamental quanto respirar. E esse espetáculo é uma verdadeira sessão espírita por trazê-la assim de volta.