Não faz muito tempo que eu compartilhei por aqui artigo de uma pesquisadora do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) a respeito da tese de que o Brasil foi descoberto a partir do RN.
Ontem, a Tribuna do Norte trouxe na capa do caderno Viver uma reportagem de Ramon Ribeiro destacando que o IHGRN "está debruçado" sobre a investigação dessa tese, cujo maior era o historiador Lenine Pinto, falecido neste ano, já há 1 ano e 3 meses e pretende concluí-la em 2 anos. Seguem alguns trechos.
"Por enquanto não há nada conclusivo. Estamos apenas no início de uma pesquisa grande e complicada, onde começamos nos aprofundando no material que temos aqui no Instituto, para então partirmos para investigações mais complexas", explica o presidente do IHGRN, Ormuz Simonetti.
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"Amyr Klink, na travessia dos 100 dias, relata a dificuldade para chegar em Salvador quando o percurso lógico, dado pelas correntes, era o Rio Grande do Norte. E isso com a tecnologia de hoje, imagina na época, sem os conhecimentos de agora", comenta Tânia Maria.
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"O Marco de Touros é o mais antigo padrão de posse das três Américas. É fato consumado, reconhecido por Portugal", afirma.
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De acordo com o relatório apresentado pela Comissão do IHGRN, o trabalho se dará a partir de 22 linhas de investigação.
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Segundo Ormuz, há trabalhos de campo, como um avistamento da costa de Touros a partir do mar e em condições semelhantes aos relatos históricos. "Depois de esgotar todo nosso material, vamos atrás de ver o que a Marinha tem e o que está disponível em Portugal", diz o presidente do IHGRN.
Embora o tema do Descobrimento instigue os pesquisadores do IHGRN, o grupo que forma a comissão não é uníssono.
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Ormuz reforça: "O tema é controverso e o Instituto tem a missão de buscar elucidar essa questão. Nossa preocupação é apenas com a história. É algo que diz muito sobre o Rio Grande do Norte. Se não abraçarmos o tema, quem vai abraçar?". O pesquisador ainda faz uma reflexão sobre nosso descaso com a própria história. "O Marco de Touros é o mais antigo marco de posse das Américas! Um dado oficial reconhecido por Portugal. Mas quem chega a Natal pelo aeroporto não encontra uma única referência a esse fato. Em compensação, o visitante vai ver um monte de propaganda de Recife."
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