Deixe-me esclarecer logo que o filme não é ruim. Longe disso. A minha frustração é total culpa do trailer a que assisti. Com ele formou-se em mim toda uma expectativa a respeito da história de vida da Captain Marvel antes de ela ter virado super heroína.
Havia tantos flashes de sua infância e de outros momentos que eu fiquei esperando um bom desenlace da origem dela. Saí frustada a esse respeito. Para quem viu outros filmes da Marvel, com poucos minutos já dava para matar a charada do que estava rolando. Fico imaginando como foi pra quem é fã dos quadrinhos.
O filme parece querer lidar apenas com o agora. Poxa, duas horas eram tempo suficiente para arrematar bem essa parte anterior!
No mais, adorei a volta a 1995-96. Voltei com força no tempo das locadoras de vídeo, dos telefones públicos, da internet discada, de músicas como Come as you are do Nirvana e Just a girl do No Doubt. Cantei junto, baixinho, para não atrapalhar os outros, embora um homem sentado atrás de mim não entendesse que o encosto do assento à frente é local para educadamente se evitar bater.
Também gostei da comprovação da total desnecessidade de se criar algum envolvimento romântico para motivação da estória.
As atuações foram convincentes, embora eu esperasse um pouco mais de Anette Bening. Mas acho que, no caso dela, o que faltou foram mais cenas mesmo.
Brie Larson mais do que convenceu no papel principal. Boa química dela com todos com quem contracenou. Como eu nunca nem tinha ouvido falar na personagem, não sei se ficou fiel ou não, mas achei o tom da personagem um pouco mais agressivo do que o esperado. Talvez eu ainda esteja com a Mulher Maravilha muito forte como parâmetro.
Se não viu o trailer, vá sem medo. Se viu, diminua a expectativa. Essa é a receita para não ficar resquício de frustração.
P.S.: Esqueci e voltei para dizer que a melhor volta no tempo foi a pesquisa no Alta Vista, para quem acha que a internet sempre teve o Google como buscador...
