sexta-feira, 27 de julho de 2018

Série C 18: Décima sexta rodada

Sexta-feira
20h - Estádio Manoel Barreto - Globo x Náutico (A) (Esporte Interativo)

Sábado
15h30 - Estádio Arruda - Santa Cruz x Confiança (A) (Esporte Interativo)
16h - Estádio Adauto Moraes - Juazeirense x Salgueiro (A)
16h - Estádio Mário Helênio - Tupi x Joinville (B)
16h - Estádio Santa Cruz - Botafogo-SP x Operário (B)
18h - Estádio Passo das Emas - Luverdense x Bragantino (B)

Domingo
15h30 - Estádio Colosso da Lagoa - Ypiranga x Cuiabá (B)
16h - Estádio Almeidão - Botafogo-PB x Atlético-AC (A) 
19h - Estádio Mangueirão - Remo x ABC (A) (Esporte Interativo)

Leandro na TV Mecão

Final cafajeste



Adoro dramas, de longe, meu estilo favorito de filme. Adoro cenas enormes sem uma palavra dita desde que estejam dentro do contexto da estória. Atores que encarnam bem dramas com naturalidade sempre ganham o meu respeito. E diretores que contam bem essas estórias dramáticas me cativam.

Ontem estreou aqui em Natal o drama Desobediência, adaptação do livro homônimo de Naomi Alderman. No mês passado, eu acho, li uma crítica muito boa a respeito dele na Veja, de autoria de Isabela Boscov. Li outra nesta semana na internet anunciando a estreia do filme no Cinépolis do Natal Shopping, na famosa sessão de arte (amo!).

Botei os olhos em Rachel Weisz e tive aquela sensação de que já a conhecia de algum lugar - no caso, um filme, claro. Forcei, forcei a memória e nada. Nada que o Google não resolva. Ela participou de muitos filmes, alguns bem famosos, mas que não contaram com a minha audiência, como todos d'A Múmia. Vi dois com ela: Um beijo roubado - também da sessão de arte, dessa feita com a cantora de quem sou fã Norah Jones e o ator Jude Law - e Oz: Mágico e Poderoso. Este último matou a charada. Ela fez uma das bruxas más, com uma impressionante atuação. Mas eu não a reconheceria nunca neste filme. Sempre aplaudo atores que passam por transformações na aparência para viver personagens. Daí a minha eterna crítica a Denzel Washington, que sempre tem a mesma cara em todos os filmes, a ponto de ninguém saber qual filme é qual.

A estória é centrada em sua personagem, a filha do rabino numa comunidade judaica ortodoxa de Londres que é expulsa do convívio por ter sido flagrada em romance com uma amiga e volta após muitos anos ao ser informada da morte do pai. Só por isso podemos imaginar o choque da volta. Agora acrescentemos que ela passou a viver nos EUA, especificamente em Nova Iorque.

Aparentemente, ninguém esperava por sua volta. Mas ela recebe abrigo do seu melhor amigo, que será o próximo a assumir a função de rabino por ser considerado filho espiritual do líder religioso. Ele vive o drama do amor fraternal que sente pela amiga e da pressão social para não lhe acolher. O ator aqui é Alessandro Nivola, também em trabalho magistral. Seu rosto também não me é estranho, mas o Google apontou um único filmaço que vi com ele, embora não me lembre dele especificamente: A Outra Face, no longíquo ano de 1997.

Devo alertar que a dose de drama ainda não acabou. Sabem quem é a esposa desse quase rabino? A amiga e garota do romance adolescente, muito bem interpretada por Rachel McAdams, do sucesso comercial Doutor Estranho e do aclamado (e ainda na minha lista) Spotlight: segredos revelados. O foco da estória se desloca para ela ao longo da exibição. A tensão cresce no filme tanto entre os protagonistas como no meio social em que se passa o ocorrido a partir daquela decisão do futuro rabino.

Não posso contar mais nada sob pena de estragar o enredo arrasa-quarteirão do diretor Sebastián Lelio. Mas não posso deixar de ressaltar que, para mim, o final merece o adjetivo cafajeste. Houvesse terminado talvez uns 10 minutos antes, eu não teria tal opinião. Sebastián Lelio conseguiu deixar a estória com um final tipo francês falsificado, com uma sequência sem justificativa, que só não põe o filme todo a perder porque as atuações são magistrais ao longo das quase 2 horas de duração. E se o enredo se perde no final, nem nesse momento as atuações desafinam. Porém, admiradores de drama devem se preparar para a decepção dos momentos derradeiros da estória.

Ressalto que não li o livro para saber se a decepção é exclusiva da versão para as telonas, embora eu ache difícil tal coisa num livro que alguém imaginou ter enredo suficiente para ser adaptado para o cinema. 

De todo jeito, esqueça a cafajestada do final e vá ver esse filme marcante que tem cinco indicações em festivais internacionais se gosta de drama. Talvez o alerta diminua a decepção com as últimas cenas.

Manchetes do dia (27/07)

A manchete do bem: TSE será inflexível com fichas sujas, garante Fux.

As outras: Estado poderá usar depósitos judiciais para precatórios, Censo Agro 2017 mostra redução de área cultivada no RN e Agosto terá 'bandeira vermelha 2' na conta de energia.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte 

Today's headlines (27/07)

The headline for good: Remains of 55 U.S. war dead in North Korea start journey home after 65 years.

The others: Facebook's plunge shatters faith in tech companies' invulnerability, Mueller examining Trump's tweets in wide-ranging obstruction inquiry and Wages are rising in Europe. But economists are puzzled.

Good morning, everyone.

Source: The New York Times

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Aos poucos

Tem gente que tira férias para viajar. Eu não. Não vivo de apenas uma profissão, o que dá o tamanho do problema. Quando estou de férias como professora, a atuação como advogada persiste. Quando estou de férias como advogada, as aulas me mantêm ocupada. 

Aí viajar vira um malabarismo entre as duas atividades. Quando o dinheiro está um pouco mais folgado, mato a saudade do Tio Sam. Quando está apertadinho, mato a saudade de alguns pedaços tupiniquins. Às vezes, nem um, nem outro, ou porque a corda está mesmo no pescoço (mais comum), ou porque não há a menor possibilidade na agenda.

Voltando às férias, termino utilizando o período parcial para colocar coisas em dia. Cinema, literatura, revisitar alguns livros de Direito, visitar alguns locais novos ou muito apreciados aqui em Natal, descobrir novas atividades culturais (e me frustrar em algumas). Mas a principal atividade das férias é a faxina.

Gente, faxina é uma atividade libertadora. Além da energia física, a energia mental que ela exige pode nos levar para outro mundo. Tudo parece melhor depois de uma faxina. Dá para encontrar aquele panfleto com uma atração imperdível que perdi porque não sabia mais onde havia colocado o papel. Também dá para viajar ao passado com cada detalhe que vou redescobrindo, como uma foto antiga, um bilhete esquecido, um souvenir qualquer.

Também parece que tomei as rédeas da vida quando finalmente tomo coragem de encaminhar algo para a doação ou para o lixo mesmo, a depender do estado. Sim, sou taurina e, para quem gosta de signos, isso diz muita coisa do meu insano apego às coisas até o fim,  como um celular cuja tela está saltando da carcaça e cujo som só é ouvido agora por fones ou Bluetooth e que eu continuo a utilizar diariamente como se nada estivesse acontecendo - prometo publicar um vídeo a respeito.

Só que a idade vai passando e o fôlego diminui. Hoje eu tenho que escolher uma única atividade por vez: varrer, aspirar, passar o pano, arrumar/descartar/guardar. A saúde de alérgica também cobra a conta, então tenho que empreender a faxina aos poucos. 

Decidida a varrer/vasculhar tudo (ou quase tudo porque tudo mesmo, só depois de executada as outras etapas), ganhei duas bolhas na mão esquerda no manejo de duas vassouras diferentes e uma pá. Uma das bolhas estourou. Nem lembrava mais qual era a sensação de uma coisa assim. Mas nem isso me fez desistir da etapa ou me sentir pior após a finalização. Valeu a pena.

A próxima etapa - ainda não sei quando terminará  - será o encaminhamento de coisas para doação ou lixo. Emocionalmente duríssima para mim. Mas é preciso. Tudo que é bom chega ao fim e é preciso abrir mão de umas coisas para que outras possam chegar. E como estou numa vibe menos consumista, pelo menos em relação a eletrônicos e roupas, vou tentar abrir muito espaço no guarda-roupa e na casa em si. 

Até um livro chamado Casa Limpa e Arrumada está na minha cabeceira agora para me ajudar na empreitada. Apesar de achar tudo uma besteira em geral, há algumas boas dicas para o esforço correto em determinada faxina. E como fôlego e tempo andam em falta, não custa aceitar uma ajudinha de onde ela possa vir.

A maior dica até agora é essa mesmo: faça tudo de acordo com o seu tempo. Só tem 5 minutos? Limpe o que puder em 5 minutos. Faça tudo aos poucos ao invés de esperar ter uma semana inteira para colocar tudo em ordem. E é assim que tenho feito mesmo que sempre use as férias para passos maiores.

Manchetes do dia (26/07)

A manchete do bem: Facebook apaga páginas que transmitiam fake news.

As outras: População do RN vai encolher e ficará mais velha, Caern estuda privatizar gestão da ETE do Baldo e TJRN declara inconstitucional gratuidade para PMs e carteiros.

Bom dia, minha gente!

Fonte: Tribuna do Norte

Today's headlines (07/26)

The headline for good: New Alzheimer's drug shows big promise in early trial results.

The others: A watery lake is detected on Mars, raising the potential for alien life, Keeping its its promises to families, New York identifies another 9/11 victim and In ruling against Trump, judge defines anticorruption clauses in Constitution for first time.

Good morning, everyone!

Source: The New York Times

quarta-feira, 25 de julho de 2018

"Vai desmontar tudo"

O programa Arena da TV Ponta Negra recebeu ontem para entrevista o novo coordenador das bases do América Jocian Bento. Ele falou sobre as (boas) ideias que pretende implantar por lá. Aguardemos se de fato as coisas vão se encaminhar assim mesmo.

Ideia de preparação para o profissional
Eu vou além. Não só com 19 anos, mas com 15 anos [o atleta] já tem que ser trabalhado mentalmente para que eles tenham equilíbrio forte para as competições e para que eles saibam que, se eles tiverem oportunidade, eles têm que aproveitar. (...) Infelizmente, em alguns clubes existe um abismo entre a base e o profissional. E é essa ponte que nós queremos construir no América para sermos modelo. O ABC está conseguindo através dessas situações com os novos atletas fazer esse processo, mas tem muita coisa ainda que precisa ser feita e é o que nós estamos implantando no América. E, com certeza, os atletas hoje já vislumbram uma oportunidade no profissional, que parecia algo muito distante. Então, nós estamos muito felizes.

Novidades
Quando eu assumi, eu já tinha um planejamento pronto, uma metodologia, que não é engessar o conhecimento dos profissionais, mas você ter um parâmetro, você ter um alicerce, não só a partir dos 15 anos, mas dos 15, 17, 19. (...) Para mim, um atleta com 16 para 17 anos já tem que estar pronto para o profissional, já tem que ter a mentalidade e as condições para jogar. E, para isso, nós viemos muito mais para baixo. Chegamos ao ponto de planejarmos sub-11 e sub-13 através de captações e de um planejamento sustentável para que, quando [o atleta] chegue no sub-15, tenha uma metodologia. Ele já saiba a parte técnica, a parte tática. Porque o que acontece na maioria dos clubes é que um joga com um modelo, outro... Um clube não tem identidade de profissionais e não tem identidade de jogo. (...) No meu planejamento, quando eu fiz com os profissionais, apresentei - a imprensa, com certeza o site do clube depois vai divulgar para todos os profissionais - Qual o melhor método, o melhor esquema, visão sistêmica para o América. É o 4-2-3-1? 4-3-3? 3-4-3? É inadmissível um atleta da base subir para o profissional e não saber nem sequer dominar uma bola, não saber cabecear. Isso é culpa de quem? É minha. É culpa nossa, da base, e a minha função no América. Os profissionais têm que ter uma identidade. E tem que ter um dia específico agora no América só para trabalhar esses fundamentos. O atleta tem que subir em condições de jogar, não de compor elenco. Como a gente fala, ou sobe para jogar, para que a torcida veja e que seja um retorno para o clube, ou nós vamos estar enxugando gelo. Então, os profissionais têm que se qualificar. E a minha cobrança vai ser intensa no América. É um padrão: 15, 17, 19. Os profissionais têm que melhorar. Nós não vamos engessar o conhecimento do profissional, mas o atleta tem que saber subir para o profissional com 15, 17, 19 [anos] como joga. Agora o problema é que os profissionais que forem encontrados, eles entendam o perfil do América. Existe um perfil que está sendo feito da base. Que o profissional seja contratado de acordo com aquilo que nós estamos trabalhando porque, senão, vai desmontar tudo.

P.S.: alguém duvida que Luizinho Lopes tem exatamente esse perfil? Outra coisa: a diretoria vai mesmo querer pautar o futebol profissional pelo planejamento traçado para a base para frutos que devem ser colhidos apenas daqui a alguns anos? A conferir.

Manchetes do dia (25/07)

A manchete do bem: Marielle: suspeitos de envolvimento são presos.

As outras: Ciro fala em colocar Judiciário 'na caixinha' e soltar Lula, Petrobras vai testar produção de eólica no mar do RN e 1.865 pessoas morreram em estradas federais que cortam o RN.

Bom dia a todos!

Fonte: Tribuna do Norte