Nesta semana, o
The Washington Post trouxe notícia a respeito de uma vítima de estupro que teve determinada sua indenização em $ 1 bilhão, mais de R$ 3,5 bilhões na moeda brasileira.
Em 2012, Hope Cheston tinha 14 anos quando foi estuprada por um segurança armado - Brandon Lamar Zachary, de 22 anos - ao visitar uma amiga num condomínio de apartamentos perto de Atlanta, no estado da Georgia.
Brandon foi condenado a 20 anos de prisão, mas a empresa de segurança Crime Prevention Agency nunca entrou em contato com a vítima, nem mesmo.para se desculpar pelo crime cometido ppr seu funcionário.
Mas numa decisão fora do comum, o júri estadual decidiu que a vítima deveria ser indenizada pela empresa numa quantia que mudasse sua vida e representasse em dinheiro sua dor: um bilhão de dólares.
Ao falar sobre o momento da decisão, Hope afirmou que
"foi um momento de choque; foi um momento lindo, que mostrou a bondade humana em sua forma mais pura."
No fim do julgamento na terça-feira, 24, os jurados a abraçaram e disseram:
"Você tem valor".
A ação foi baseada no sofrimento, na perturbação emocional, na dor e na depressão da vítima e tinha como rés, além da Crime Prevention Agency, o condomínio HACC Pointe South e a empresa Hammond Residential Group, que administra o condomínio, mas estes foram afastados do polo passivo.
Chris Stewart, advogado da autora, resumiu o significado dessa condenação:
"O que esse número representa é o mais importante. Não nos importa o quanto nós vamos de fato receber da empresa. Sabemos que eles não têm $ 1 bilhão. Mas é o que essas 12 pessoas no estado da Georgia disseram que uma vítima de estupro vale que ecoa mais alto."
Ao ser questionado sobre quanto tempo levaria a execução desses valores, o advogado ainda afirmou que desde o início da questão avisou a Hope que
"o dinheiro, no fim do dia, não vai importar." A decisão do júri preeencheria o vazio deixado em seu coração pelo agressor.
"Foi um lindo dia, uma linda mensagem para o país, e uma enorme vitória para as mulheres em todos os Estados Unidos.", ele acrescentou.
Hoje com 20 anos, Hope Cheston falou que esse 1 bilhão de dólares não é apenas o seu 1 bilhão de dólares, já que é sim sua ação, mas é também o caso de todas as vítimas.
A empresa, que mudou de nome, não quis comentar o caso. Mas eu digo daqui que é mais um exemplo da falta de uma assistência jurídica realmente preocupada em minimizar os prejuízos de uma empresa por falha/fato do serviço. Uma composição envolvendo inicialmente demonstração de verdadeira preocupação com a vítima elevaria a imagem da empresa e sairia muito mais barato financeiramente. Faltou visão da parte e de seus representantes jurídicos.