Comédia é sempre um gênero difícil para mim, talvez por ser sempre muito previsível. E o parâmetro também não é fácil, haja vista quando temos alguns atores extremamente cultuados na área, como Jerry Lewis, Eddie Murphy, Jim Carrey, só para citar os que estrelaram filmes que, de vez em quando, volto a assistir por sua genialidade.
Dito isso, vou falar de Divórcio. Primeiro, aplaudo a safra prolífica nacional. Há uma profusão de filmes brasileiros em cartaz. A maioria de comédia, até por questões comerciais. Divórcio segue a maré.
Eu me empolguei muito com o trailer de Divórcio. Lembrou o estilo dos filmes dos anos 80, na velha batida do conflito marido x mulher que há tantos anos faz a festa de quem gosta de boas risadas. O problema de Divórcio é que a maior parte do que o filme tinha de melhor apareceu no trailer. Pronto. O trailer ficou bem mais engraçado do que o filme em si.
De início, a impressão era de que teríamos uma história bem contada, o que é raro no gênero. Mas depois eu fiquei com a sensação de que o filme foi rodado com uma 3 horas de duração e saíram cortando pedaços importantes para que ele não ultrapassasse muito o limite imaginário de 1h40 do gênero. Ou seja, senti falta do desenvolvimento de certas partes e achei que outras se arrastaram.
Mas esclareço que ri em algumas passagens. Aparentemente meus companheiros de sessão acharam tudo muito mais engraçado do que eu. Destaco as cenas do casal com seus respectivos advogados e da primeira audiência entre eles como memoráveis. E só.
Divórcio garante algumas risadas. Mas talvez não seja o caso de ir ao cinema para tanto.