De vez em quando, eu encontro cada coisa neste mundão que não posso deixar de escrever a respeito.
A de hoje saiu da leitura do Jornal de WM, interinamente escrito por Carlos de Souza, na Tribuna deste domingo.
De início, eu esperava ler uma coisa e levei outra. O título Construir presídios é bom, mas construir escolas é melhor me vendeu gato por lebre. O texto falava sobre a paixão do autor por livros e embrenhou-se em alguns específicos.
Ia até bem. Aconselha o leitor a ler, sempre e muito. Livros são a melhor tecnologia. Fala que a ignorância é uma prisão. Sugere que o leitor não se restrinja a uma só revista ou jornal.
E onde escorrega? Ao recomendar a internet como principal fonte de notícias. É bem verdade que temos conteúdo de vários jornais e revistas do mundo inteiro na internet. Mas talvez o autor não tenha conhecimento da verdadeira cruzada que Google e Facebook têm empreendido contra a enxurrada de sites de notícias falsas que pululam na internet.
E não é difícil entender por que a internet é o lar perfeito para mentiras. Como achar o responsável para ser processado por calúnia, injúria e difamação? Como perceber quem é apenas um personagem nas redes sociais?
A internet não é a melhor fonte de informação. Redes sociais também não. Informação de verdade é item que exige respeito às leis. Sim, há gente séria na internet, mas infelizmente não somos a maioria.
Os meios físicos ainda são superiores em qualidade e credibilidade. Algum deles bobeou? Processo nele! Isso mantém o pessoal na linha na medida do possível. Já na internet temos algo mais parecido com uma selva.
Faltou ao autor recomendar ao leitor que seja criterioso ao escolher sites na web. Que prefira aqueles que são ligados a meios físicos de notícias. Que tenha cuidado ao clicar em notícias bombásticas, que normalmente são apenas isca para permitir roubo de dados de nossos computadores e celulares. Ou seja, faltou dizer que na internet é preciso manter um pé atrás em relação a tudo para não propagarmos terríveis mentiras plantadas com intenções maliciosas.
Sobre o ignorante ser teleguiado, como citou o autor, eu digo que o pior ignorante é aquele que pensa que sabe. E ainda reproduz conteúdo falso como se verdadeiro fosse. Daí a ausência que me saltou aos olhos de recomendação neste sentido no seu texto.
Ler é importante. Filtrar o que lemos, então, é essencial.