quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Pontos físicos de venda de ingressos de Brasil x Bolívia

Além da venda pelo site da CBF, que começa amanhã às 10h, os ingressos de Brasil x Bolívia também poderão ser adquiridos em pontos físicos de venda, mas somente a partir do dia 29/09 (quinta-feira da próxima semana).

Os pontos físicos são a Arena das Dunas e as lojas Sport Master do Midway Mall e do Natal Shopping.

Confira os preços aqui.

A hora é agora

Tendo visto a temporada acabar em 18 de setembro da forma mais melancólica possível, é chegado aquele momento de reflexão por que todo mundo passa em algum momento de insucesso na vida. É hora de parar, refletir sobre erros e procurar o engrandecimento do América.

Dizem que 2016 é um ano para ser esquecido. Não é. O que ocorreu neste ano tem que ser muito bem processado e internalizado como lição para que nunca mais se repita.

Primeiro, é preciso que os gestores do América tenham consciência de que o clube não é uma extensão da sala de casa, onde se reúnem amigos e familiares. Certamente o América foi fundado assim e isso fazia todo sentido na época. No entanto, suas conquistas ao longo de sua história centenária o retiraram há muito tempo dessa categoria: o América é de Natal, é do Rio Grande do Norte, é do Brasil, não de duas, três famílias.

Essa balela de DNA americano sempre me pareceu uma forma de barrar qualquer outro candidato que não tivesse sobrenome ligado aos cardeais do clube. Ou alguém ainda acredita que o DNA americano se referia aos jogadores, se muitos ex-ABC foram contratados logo no início dos trabalhos (vide Camilo, Gabriel, Neto Potiguar...)?

Mas deixemos isso de lado. O que importa é o agora. O presidente do América declara diariamente que ninguém é mais americano do que ele. Pois bem. Chegou a hora de provar o seu amor partindo para o sacrifício. O América não vai mais se recuperar desse baque sob o seu comando. Nem é falta de competência; é questão de carisma mesmo. O América precisa se reconciliar com sua torcida. O América precisa que os americanos façam o sacrifício de abraçar o clube novamente. Mas a torcida vê sua presença como obstáculo.

Não há mais confiança no futuro do clube em 2017, seja na C ou na D. Basta perguntar a qualquer torcedor no meio da rua. Se escapar no tapetão da D neste ano, a torcida tem como certo o rebaixamento em 2017, vez que os personagens deste enredo não mudarão. 2016 teria sido apenas um preparatório.

Porém, engana-se quem pensa que basta a saída do presidente, da comissão técnica e dos jogadores. A saída é necessária e urgente, mas não suficiente. Discute-se uma mudança de estatuto no América. Aparentemente para inglês ver, posto que essa mudança passa longe de trazer a democracia para o clube.

Os que fazem o América recusam-se a admitir que os sócios torcedores escolham o presidente do clube. Essa categoria sempre chamada a se sacrificar pelo clube, que paga em cartão de crédito para não ter risco de ficar devendo e que vê no meio da temporada o clube dar-lhes um pé no traseiro ao trocar o mando de campo para outra cidade, não serve para definir o destino do clube. Entendam: seu dinheiro serve; seu julgamento, não.

A hora é agora. Esse fundo do poço (pelo menos até agora, porque o negócio pode piorar muito em 2017 e 2018, com a possibilidade de o clube ficar sem série) é o momento exato dos verdadeiros americanos, numa expressão sempre utilizada politicamente para que críticas sejam evitadas, colocarem o América no rumo certo do engrandecimento. Parafraseando James Monroe, é chegada a hora de termos o América para os americanos (todos).

O ABC saiu na frente nesta questão e o clube terá eleições diretas. É hora do América trilhar um caminho mais democrático, mais transparente, mais próximo de sua torcida.

E se o fato de aproximar o clube da torcida não comover o conselho deliberativo do América, que pelo menos olhem o lado financeiro. Um sócio que vota não abandona o clube quando os resultados são ruins ou não concorda com a gestão: ele permanece porque sabe que seu voto poderá estancar a sangria no clube. Esse vai e vem no número de sócios baseado na campanha ou no carisma do administrador diminuiria muito. O América enfim ficaria mais próximo de um planejamento financeiro confiável.

É preciso dar o pontapé inicial nas mudanças por que clama o América. É preciso que a atual gestão prove que seu amor pelo clube é maior do que a mera manutenção de poder. É preciso que os conselheiros provem que o América está acima da vaidade e abram as eleições aos sócios, ainda que seja exigida uma permanência mínima de 2 anos e obviamente a adimplência. É o futuro do América a partir de agora que está em jogo.

Sem vencedores ou vencidos, sem situação ou oposição, marchemos todos juntos em busca de um América do tamanho que sua tradição exige.

Americanos, uni-vos!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Parece que vai


No fim da tarde de hoje, o famoso repórter Wellington Campos, que cobre diariamente a CBF, publicou no Twitter que o presidente do Remo André Cavalcante vai mesmo provocar o STJD para que o Botafogo-PB perca pontos nesta Série C.

O repórter ainda respondeu a um tweet que perguntava sobre o presidente do América Beto Santos. Campos afirmou que não o viu por lá.

Rumores falam que o Remo já se acertou com o advogado do Fluminense, aquele que rebaixou a Portuguesa e livrou o time carioca da Série B naquela questão de intimação ou não a respeito de punição de um jogador.

Imagino que, por estratégia processual, o América não acompanhará o Remo na ação.

Saberemos amanhã.

O preço dos ingressos de Brasil x Bolívia

Prepare o bolso, minha gente! Eis o preço dos ingressos de Brasil x Bolívia, que será realizado pelas Eliminatórias da Copa 2018 na Arena das Dunas, no dia 06/10, às 21h45:

Arquibancada inferior
Norte/Sul - R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia)
Leste/Oeste - R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia)

Arquibancada superior
Leste/Oeste - R$ 170 (inteira) e R$ 85 (meia)

Setor Premium (inferior Leste com alimentos e bebidas inclusos) - R$ 300

Setor VIP (inferior Oeste com alimentos e bebidas inclusos) - R$ 350

Camarotes (inferior Oeste ou mezanino Oeste com alimentos e bebidas inclusos) - R$ 400 por assento (venda fechada em lotes de 18 a 30 lugares)

Camarote Villa Mix (camisa exclusiva do camarote, espaço exclusivo com lounge, open bar com whisky, vodka, cerveja e refrigerante, DJ, shows de Banda Eva e Pedro & Benício) -R$ 350

As vendas começam na próxima quinta-feira às 10h através do site da CBF.

Péssimo para o Brasil

Talvez os brasileiros não saibam, mas a Justiça Eleitoral é muito peculiar. É a única divisão do Poder Judiciário que não tem juízes nem promotores próprios. Eles são emprestados de suas funções originais e têm que acumular o trabalho para o qual prestou concurso com a função eleitoral que lhe é apontada a cada dois anos.

Nem preciso dizer quem mais se beneficia com tamanho peculiaridade... O volume de questões a serem julgadas numa eleição às vezes nos coloca na situação esdrúxula de um eleito ser afastado tão somente às vésperas da próxima eleição. E com prazos prescricionais de 3 anos e eleições a cada 4 anos (para os mesmos cargos; para outros, a cada 2), não fica difícil entender por que a Justiça Eleitoral é emprestada.

Pior é quando o Poder Judiciário nem se compadece de situações especiais. Veja-se o caso das eleições de 2014. Há uma ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde aquele ano pedindo a cassação da chapa Dilma-Temer. Estamos falando da presidência do Brasil! O TSE não fez um só esforço para dar celeridade a ela, mesmo sabendo que isso é uma espécie de sombra sobre os eleitos. Ministros pedem vistas intermináveis do processo e chegamos à esdrúxula situação de Dilma ter sofrido impeachment (processo que começou bem depois) e nada de sair a decisão do TSE.

Querem saber a melhor? O presidente do TSE Gilmar Mendes já disse que a decisão não sairá antes de 2017. Não seria nada demais não fosse por um detalhe: se o presidente cair na metade final do mandato, a eleição do sucessor, para terminar o mandato, se dá indiretamente, pelo Congresso Nacional. Se a chapa Dilma-Temer fosse cassada ainda em 2016 (não sabemos se a decisão será nesse sentido, mas é possível), o povo escolheria novo presidente.

Estando o Brasil numa situação tão delicada, caberia ao Poder Judiciário perceber a gravidade dessa lentidão e evitar novos desgastes à política nacional. Não é possível que os Ministros do TSE não percebam que uma ação envolvendo a presidência do país requer prioridade máxima de esforços.

Já não basta o papelão a que o Supremo Tribunal Federal vem sendo submetido a cada ato e/ou declaração de Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Agora ainda temos que aguentar o TSE permitir a ressurreição de eleições indiretas no Brasil por não dar celeridade a um julgamento de chapa presidencial. Isso é, no mínimo, insensibilidade. 

Que a justiça seja cega, Ok. Mas dar as costas a um país é demais!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Os documentos da polêmica

Parece que os presidentes de América  e Remo acharam a irregularidade tão falada no contrato do volante Sapé, do Botafogo-PB.

No contrato de transferência, consta a assinatura do presidente do  conselho do CSP Jozivaldo Alves dos Santos, e não a do presidente do CSP Josivaldo Severino Gomes.

Tal ato seria justificado numa procuração do clube para o presidente do conselho. Confesso que nunca ouvi falar no Direito de um clube ser representado por transferência (sem qualquer reserva) de poderes do mandatário máximo para outra pessoa por procuração. Eis uma novidade, pelo menos para mim.

De todo jeito, os documentos da discórdia podem ser conferidos aqui.

Entrelaçado

Nesse mundo do futebol, parece que todo mundo é primo. Puxa daqui, puxa dali, e descobrimos que todo jogador tem alguma ligação com um clube próximo em algum grau. É a mesma coisa que acontece com a cidade de Natal: conversando descobrimos um primo distante entre nós e os nossos interlocutores.

Vejam esse caso da suposta irregularidade envolvendo o volante Sapé, do Botafogo-PB. Ele foi revelado pelo CSP, mesmo clube que revelou Lúcio. E no finzinho de 2011 foi anunciado como reforço do ABC.

É incrível como até quem parece mais distante está perto!

Sobre a irregularidade, parece que não se trata de caso disciplinar, mas sim de questão contratual. Rumores falam em perda de 9 pontos. Interessante que o empate em 0x0 entre Remo e América foi a conta do chá para classificar o paraense e segurar o América na C. Mas só se a irregularidade for confirmada.

De todo jeito, ô mundo entrelaçado é esse do futebol!

Silêncio esclarecedor

Depois do desastre, silêncio. Nenhum pronunciamento oficial, nenhuma mensagem, nenhum pedido de desculpa. Nada.

A página do América ainda traz matéria sobre o mistério do time titular de Diá. Mistério nunca revelado, diga-se de passagem.

Nem treinador, nem presidente. Apenas Thiago Potiguar falou. E chorou.

Silêncio pode ser eloquente. Pode ser incômodo. Pode ser ensurdecedor. Pode ser estupefação. No caso, digo que é esclarecedor.

As palavras de Roberto Fernandes

Na madrugada, o técnico Roberto Fernandes publicou depoimento nas redes sociais sobre a situação de livrar o Confiança do rebaixamento e ver o América na Série D:

Dois Sentimentos:
1o) Alegria do dever cumprido... Agradecer o Apoio e a Confiança da torcida do @confiancaoficial 
2o) Lamentar o momento do @americafcnatal por sua tradição, torcida e história, perde o futebol do RN, mas agora é reconhecer a queda, sacudir a poeira e dar a volta por cima...
Referência tbm ao @clubedoremo surpresa ter ficado de fora...
A TODOS... AVANTE!!

A postagem trazia um vídeo da comemoração da torcida do Confiança e uma foto da torcida do América lotando a Arena das Dunas.

Sob o comando de Bob a partir de 12/07, o Confiança fez a 3.a melhor campanha do 2.° turno (4v, 3e e 2d). O América fez exatamente a mesma campanha do Salgueiro (2v, 2e, 5d), 8.a e 9.a campanhas respectivamente. O treinador do Salgueiro (Evandro Guimarães) comandou a equipe em toda a Série C. Diá foi anunciado em 26/06.

O elenco

Com a triste situação atual, muito provavelmente o América fará praticamente terra arrasada do elenco atual, talvez com exceções contratuais em virtude das finanças. Mas acho que ainda há quem se aproveite (não tenho como analisar se vale a pena a relação custo x benefício porque não sei o salário dos jogadores).

Dentre os goleiros, eu ficaria com Ricardo e Ewerton. Daniel deve ficar por questões contratuais. A experiência de Ricardo, ele em forma e com ritmo de jogo, é fundamental para o início de uma dura caminhada de recuperação. E Ewerton foi uma grata surpresa.

Nas laterais, Everton e Danilo (contrato de um ano) têm potencial. Os outros só se tivessem salário para completar elenco.

Na zaga, apesar de gostar muito de Clebão, acho que o ciclo acabou. Lucas Bahia tem potencial. Maracás também. Deixaria Richardson por ser prata da casa. Ao resto, tchau e bênção.

Dentre os volantes, Magno, Leomir e Pablo Oliveira não ficam pelo vínculo com os clubes de origem. Diego Silva sabe marcar, mas não sei se vale a pena. O resto também tchau e bênção.

No meio, Jussimar fica porque tem vínculo de um ano, mas não jogou nem 5 centavos de bom futebol. Talvez outro treinador faça o seu talento aflorar. Thiago Potiguar tem muita identificação com o América e ainda desponta como o melhor nome do meio. Só.

No ataque, ficaria com Rômulo e Luiz Eduardo (este a depender da relação custo x benefício). O resto não dá mais.

11 jogadores. Alguns deles só mesmo porque o contrato obriga e imagino que dinheiro esteja em falta. Mas vou compreender se houver uma limpeza ainda maior no elenco. Apenas entendo que é preciso definir primeiro o treinador.